POLICIA

Médico é preso suspeito de estuprar pacientes em Montes Claros (MG).

Segundo a Polícia Civil, o dermatologista escolhia as vítimas mais novas para cometer os crimes.

Em 06/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Um médico foi preso na tarde desta quarta-feira (6) durante cumprimento de mandado em Montes Claros, Norte de Minas. Ele é suspeito de estuprar duas pacientes, de 21 e 23 anos, durante procedimentos estéticos em sua própria clínica. De acordo com a Polícia Civil, o dermatologista escolhia as vítimas mais novas para cometer os crimes.

De acordo com o juiz Isaís Veloso, o mandado de prisão preventiva foi expedido baseado em laudos da investigação e depoimento de duas supostas vítimas. Linton Wallis Figueiredo Souza levado para a Delegacia da Mulher para prestar depoimento, para depois ser encaminhado ao Presídio Regional. Ele deve ficar preso por 30 dias, enquanto as investigações são concluídas.

A Polícia Civil marcou uma entrevista coletiva para esta quinta-feira (7) para dar detalhes da investigação. O G1 não conseguiu falar com o advogado do médico.

Vítima sedada
Um dos abusos teria ocorrido no dia 17 de março, dentro da clínica do dermatologista. Segundo relatos da vítima à Polícia Civil, ela procurou a clínica para um procedimento estético no rosto. Porém, segundo o boletim de ocorrência, ao chegar na clínica, o médico à receitou um medicamento que a fez dormir por mais de 18 horas.

Ela relatou também ter sido levada para casa por uma prima. No dia seguinte, ainda de acordo com os relatos da vítima, ela sentiu “desconforto vaginal” e procurou um ginecologista, que a aconselhou procurar a polícia para denunciar o caso.

Cassação CRM
O conselheiro do Conselho Regional de Medicina em Montes Claros, Itagiba de Castro Filho, informou que independente de denúncia formal ou da autoridade policial, o CRM “instaura uma sindicância para apuração de eventual infração ética”, sempre que toma conhecimento dos casos.

Ele informou também, que estas denúncias são “extremamente graves” e serão objeto de uma apuração rigorosa. “Caso fique comprovado, o médico sofre uma série de penalidades, dentre elas a cassação de seu registro profissional”.

Por Valdivan Veloso/g1-mg