EDUCAÇÃO

Médicos residentes param por melhores condições de trabalho e ensino.

Organizada pela ANMR, a paralisação foi feita em todos os estados.

Em 24/09/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O dia hoje (24) começou com menor número de médicos nos postos de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal. Organizada pela Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), a paralisação foi feita em todos os estados, mas pelo menos 30% dos residentes mantêm as atividades para garantir o atendimento nas emergências.

Em Brasília, a manifestação foi em frente ao Ministério da Educação (MEC), onde os participantes reivindicaram melhores condições de trabalho e ensino. Para a residente em ginecologia Luciana Viana, do Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB), falta material para melhor aprendizagem.

“Nós buscamos principalmente melhores condições de trabalho e ensino. Faltam materiais básicos e disponibilidade dos preceptores para ensinar aos residentes. Há pessoas para nos auxiliar, mas não há material para a melhor instrução”. Luciana disse ainda que falta fiscalização do MEC nos programas de residência médica.

O ministério informou que se reuniu com representantes da ANMR na última sexta-feira (18). Ficou acertada a realização de três reuniões para discutir as diferentes reivindicações da categoria. As duas primeiras estão previstas para outubro e a terceira para novembro. O MEC também já apresentou à associação sua posição sobre cada um dos pontos reivindicados. A associação concordou em analisar o assunto e  retomar os temas durante as reuniões marcadas.

No Rio, o ato público foi em frente à sede do Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremerj), no bairro de Botafogo. Os manifestantes seguiram em passeata até o Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na zona sul da cidade.

Segundo o coordenador da Comissão de Médicos Recém-Formados do Cremerj, Gil Simões, as principais reivindicações são mais respeito à classe, a melhoria das condições de atendimento aos pacientes, a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e que a bolsa recebida pelas 60 horas de trabalho seja igual à de programas do governo como o Mais Médicos. "O Cremerj está oferecendo apoio à classe", disse Simões.

A paralisação dos residentes foi decidida em assembleias, na última quarta-feira (16), em todo o país.

No Rio, um dos principais objetivos do movimento é marcar uma reunião com o governador Luíz Fernando Pezão. De acordo com o presidente da Associação de Médicos Residentes do estado Diego Puccini, a categoria precisa estar unida e organizada para conseguir o atendimento de suas reivindicações. "Se houver descaso (por parte do governo), pensaremos em outra estratégia", afirmou Puccini.

Agência Brasil