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Michael Sheen nega que vai deixar Hollywood para virar ativista político.

O ator postou o link para um texto no qual tenta esclarecer o exato teor de suas respostas.

Em 18/12/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O ator britânico Michael Sheen, de 46 anos, negou neste sábado (17) que planeje abandonar Hollywood para se dedicar ao ativismo político e combater a ascensão do populimo de extrema direita. "Antes que isso se torne ridículo, eu disse que estou pensando que poderia atuar menos e talvez até parar por um tempo em algum momento, mas ainda não sei", escreveu no Twitter o ator de filmes como "Saga Crepúsculo", "Frost-Nixon" e da série "Masters of sex".

A declaração surgiu pouco depois de a imprensa internacional veicular trechos de uma entrevista ao jornal "The Times" na qual ele supostamente citava o desejo de abandonar a carreira artística. A ideia seria fundar uma organização em sua cidade-natal, no País de Gales, para fazer oposição a políticos que ele teria chamado de "demagogos, fascistas". A ascensão da corrente no Reino Unido, com a vitória do Brexit, e nos Estados Unidos, com a eleição de Donald Trump, foram citados como fatores que influenciaram na decisão.

Também no Twitter, o ator postou o link para um texto no qual tenta esclarecer o exato teor de suas respostas. "Dei uma entrevista para o 'Times' algumas semanas atrás, partes dela (inclusive a manchete, que não tem aspas minhas) foram reproduzidas muitos outros veículos. EU NÃO declarei que estou abandonando a carreira de ator e indo embora de Hollywood para me envolver com política", escreveu (leia a íntegra abaixo).

E continuou: "Na entrevista original, eu disse que me tornei mais envolvido com questões comunitárias em minha casa [ele nasceu no País de Gales] nos últimos anos porque a situação política é algo em que gostaria de focar mais. O entrevistador me perguntou o que isso significava para a minha carreira, e eu disse que poderia significar trabalhar menos como ator e talvez parar por um tempo EM ALGUM MOMENTO. Mas eu ainda não sei".

"Eu certamente NÃO quis comparar pessoas que votaram pelo Brexit ou no Trump com fascistas 'de extrema direita' tem devem ser combatidos", disse Sheen. O comentário revela a preocupação de desmentir este trecho da entrevista reproduzido pela revista americana "Rolling Stone": "Da mesma forma que os nazisitas tinham de ser combatidos nos anos 1930, isso que está em ascensão [atualmente] precisa ser interrompido".

Leia, abaixo, a nota de Michael Sheen esclarecendo que não quer abandonar a carreira:

Dei uma entrevista para o 'Times' algumas semanas atrás, partes dela (inclusive a manchete, que não tem aspas minhas) foram reproduzidas muitos outros veículos. EU NÃO declarei que estou abandonando a carreira de ator e indo embora de Hollywood para me envolver com política.

Na entrevista original, eu disse que me tornei mais envolvido com questões comunitários em minha casa [ele nasceu no País de Gales] nos últimos anos porque a situação política é algo em que gostaria de focar mais. O entrevistador me perguntou o que isso significava para a minha carreira, e eu disse que poderia significar eu trabalhar menos como ator e talvez parar por um tempo EM ALGUM MOMENTO. Mas eu ainda não sei.

Eu certamente NÃO quis comparar pessoas que votaram pelo Brexit ou no Trump com fascistas 'de extrema direita' tem devem ser combatidos. A maioria das pessoas no Reino Unido, inclusive minha cidade natal, Port Talbot, votou no Brexit. Isso é a vontade das pessoas e tem de ser respeitado. Isso é democracia. Considerando as preocupações em torno da economia na área de onde eu venho e o histórico industrial de lá, eu compreendo totalmente que o voto [pelo Brexit] foi parcipalmente uma expressão da insatisfação com o status quo.

O que eu acho que deve ser combatido é o espectro re-emergente do fascismo no Ocidente. Nossa democracia deve ser defendida e cada um de nós precisa decidir como opde contribuir com esse esforço.

Fonte: g1