POLÍTICA INTERNACIONAL

Ministro francês viaja a Berlim para discutir zona do euro

Le Maire se reunirá com autoridades alemãs em Berlim nesta semana.

Em 06/11/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Berlim/Paris - O ministro de Finanças da França, Bruno Le Maire, se reunirá com autoridades alemãs em Berlim nesta semana para discutir o futuro da zona do euro e avaliar suas próprias perspectivas de tornar-se o próximo presidente do Eurogrupo.

Autoridades francesas e alemãs confirmaram que Le Maire estará em Berlim na quarta-feira, quando se encontrará com o ministro interino de Finanças, Peter Altmaier, aliado próximo da chanceler Angela Merkel.

Le Maire também deve se reunir com Christian Lindner, líder do partido liberal Democratas Livres (FDP), e Cem Oezdemir, co-líder do Partido Verde. Ambos negociam com os conservadores de Merkel para formar um novo governo de coalizão.

O presidente francês, Emmanuel Macron, também tornou uma reforma da zona do euro meta central de seu mandato de cinco anos. Mas quaisquer mudanças exigirão o apoio de Merkel e seu novo governo, que não deve ser estabelecido antes do Natal.

Lindner tem sido crítico da ideia de Macron de criar um orçamento para zona do euro.

“Queremos dar continuidade ao discurso do presidente na Sorbonne e trocar visões sobre o futuro da zona do euro”, afirmou uma autoridade do ministério de Finanças francês, referindo-se às declarações de Macron em setembro, quando apresentou sua visão para reforma da UE.

Embora a visita de Le Maire - a primeira a Berlim desde as eleições da Alemanha - busque fortalecer os contatos com os prováveis membros de um novo governo de coalizão, autoridades indicaram que também será uma oportunidade para sondar Berlim para presidência do Eurogrupo, uma poderosa posição que será definida no próximo mês.

Desde sua criação, em 2005, o Eurogrupo, que reúne os 19 ministros de Finanças da zona do euro, teve apenas dois presidentes: o luxembuguês Jean-Claude Juncker, que serviu entre 2005 e 2013, e o holandês Jeroen Dijsselbloem, que deve deixar o cargo em janeiro.

Foto: AFP.com/JEAN-CHRISTOPHE VERHAEGEN