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Moradores do Grand Parc ainda esperam resultado de perícia no ES.

Desabamento da área de lazer completa 4 meses na próxima semana.

Em 09/11/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O desabamento da área de lazer do condomínio de luxo Grand Parc, na Enseada do Suá, em Vitória, completa 4 meses, mas os moradores ainda aguardam o resultado das perícias.

O desabamento no Grand Parc Residencial Resort, na Enseada do Suá, em Vitória, aconteceu por volta de 3h do dia 19 de julho de 2016. Entre os feridos do desabamento estavam o síndico, Fernando Maques, e os funcionários André Luiz Fernandes, Braz Luís Piva, e Alan Martins. O porteiro Dejair das Neves, de 47 anos, morreu. Ele chegou a ficar desaparecido nos escombros por cerca de 15 horas.

O morador José Gama de Christo, da Comissão de Gestão de Crise, afirmou que o resultado conclusivo das perícias só vai ser conhecido nos próximos meses.

"Nós não temos ainda o resultado conclusivo. As perícias se iniciaram, mas foram interrompidas por uma questão judicial, houve uma interdição judicial em um período de 20 a 30 dias e agora elas estão sendo retomadas", disse.

No momento, foram retomadas as ações para remover os escombros da área de lazer." Acreditamos que daqui a uns 20, 30 dias, a gente vai conseguir remover esses escombros para a partir de então, as perícias sejam retomadas, para ter num prazo de dois meses, três meses a conclusão dessas perícias", completou.

Os moradores ainda não podem transitar pela área do desabamento. "Só técnicos podem entrar no local. Nós continuamos com todos os 300 carros no local. Os moradores tiveram oportunidade de levar as coisas das torres, mas só as pequenas, porque não temos elevadores funcionando", explicou José Gama.

Quatro meses depois, os moradores ainda estão em locais improvisados, em casas alugadas ou apartamentos. Alguns foram para casa de parentes. "O que falta é um horizonte, que nós vamos ter mais definido depois da perícia. Nós já estamos trabalhando com a incorporada na construção do projeto de reconstrução, mas com certeza só depois da perícia vamos ter definido para os moradores", concluiu.

Em nota, a Polícia Civil confirmou que o trabalho da perícia ainda não foi concluído e, no momento, não há mais informações sobre o local.

Já a Cyrela, incorporadora responsável pelo Grand Parc, informou que definiu acordo individual de cooperação com cada família no edifício, no que diz respeito à hospedagem. O condomínio está interditado pela Defesa Civil para apuração, com autorização para a realização de serviços emergenciais.

A empresa disse ainda que foram tomadas as providências para garantir a segurança e preservação do local e dos apartamentos. Por fim, Cyrela reforçou ainda que está à disposição das autoridades e colaborando integralmente para apuração dos fatos.

Fonte: g1-ES