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Moradores fazem placas para avisar de assaltos em Cariacica, ES.

Alerta é sobre ação de motoqueiros armados que estão abordando pessoas na região.

Em 10/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Moradores da rua Luciano Lube,no bairro Campo Grande, em Cariacica, colocaram cartazes para avisar sobre os constantes assaltos que acontecem na região. Pelos postes, foram colocadas dicas para redobrar a atenção, alertando a abordagem de motoqueiros armados.

Os cartazes colados nos postes e uma placa grande na esquina com a Rua Moreira Camargo foi a forma que a população encontrou para tentar alertar quem passa pelas ruas do bairro sobre a ação criminosa de motoqueiros armados que, somente na última semana, fizeram pelo menos cinco vítimas, segundo moradores.

“O objetivo é que as pessoas não mostrem os pertences e que tomem os cuidados que puderem”, afirmou o caminhoneiro Florentino Fim, de 63 anos, que ajudou na criação dos cartazes.

Os assaltos acontecem frequentemente, às vezes mais de um num único dia, mas não há dados precisos. A reportagem passou a tarde desta terça-feira (9) no bairro e todos os moradores abordados já tinham sido vítimas ou conheciam ao menos uma pessoa que foi vítima dos motoqueiros.

“Não tem como não ficar preocupada. Eu saio de casa olhando para os lados ou recuo quando vejo alguém parado ou um motoqueiro vindo na minha direção”, contou a dona de casa Audicéia Barbosa, 66 anos.

Ao sair do carro estacionado, o comerciante Altamir Silveira, 56 anos, olhou atento para a placa dos assaltos. “Não tem como não se assustar. Só documenta o que todo mundo já sabe: a insegurança”, completou.

Horários e alvos

O horário preferido dos criminosos é entre 5h30 e 6h30, segundo os moradores. “Ir para o trabalho virou um risco. É exatamente no horário de troca de plantão da polícia”, detalhou o lanterneiro Robson Ferreira, 63 anos.

Os moradores também detectaram quem são as maiores vítimas dos criminosos: as mulheres. “Acho que pela aparência mais frágil somos os alvos preferidos. Chego para dar faxina às 7 h, mas passo na rua com o coração na mão. Até pra varrer a calçada do condomínio fico olhando para os lados” contou uma faxineira, 28.

Patrulhamento

Apesar de ter um posto da Polícia Militar a menos de 500 metros da área dos ataques dos motoqueiros, o patrulhamento ainda é a maior reclamação dos moradores.

Por meio de nota, o comando da 2ª Companhia do 7º Batalhão, que atende a região, informou que são realizadas análises dos dados do mapa do crime para melhorar o serviço policial prestado na comunidade e se colocou à disposição para receber reclamações, sugestões e críticas dos moradores.

Sobre a investigação dos assaltos que ocorrerem na área, a Polícia Civil reconhece os registros de ocorrências e afirmou que está tentando identificar os suspeitos.