CIDADE

Moradores fazem procissão para pedir chuva em Marilândia, ES.

Incaper informou que situação deve permanecer nos próximos dias.

Em 02/10/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Cerca de 600 moradores de Marilândia, no Noroeste do Espírito Santo, fizeram uma procissão para pedir chuva na cidade, nesta quinta-feira (1). Por conta da seca, o abastecimento tem faltado no município e os moradores decidiram se reunir três vezes por semana para clamar por chuva.

Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), ainda não deve chover nos próximos dias no município.

“Por tudo o que a gente está vivendo, vivenciando, a nossa fé é fundamental para que a gente seja ouvido por Deus e a chuva chegue até nós”, falou o padre Luismar Passarelli.

Para dona de casa Josi Saldanha, a alternativa é recorrer à fé. “A gente tem que ter fé, para ver se chove para ajudar a nós todos que estamos precisando”, disse.

Alguns moradores também começaram a cavar poços no quintal de casa para tentar encontrar água. O operador de máquina, Izael Rodrigues, destacou que a situação tem sido recorrente. “A gente nunca esperou que isso fosse acontecer na nossa região. A situação está difícil e igual a mim tem muitos fazendo o mesmo procedimento”, falou.

Mesmo com a máquina, é um trabalho que dura cerca de uma hora para, então, conseguir chegar até a água.“Cada caso é um caso. Existem casos em que a gente fura e não tem água”, afirmou o secretário municipal de Agricultura, Fabio Camatta.

Plantações
Os principais rios do município secaram e não é mais possível irrigar todas as plantações. Por conta disso, já é possível notar a diferença nas produções.

“Há duas semanas, eu conseguia regar duas vezes por semana. Semana passada, eu já tive que passar para uma vez. Semana que vem, não sei se tenho mais água”, falou produtor rural, Leonardo Altoé.

Uma represa do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) abastece o Centro da cidade e está com o nível tão abaixo do normal que já é possível ver o fundo.

“Nós vamos entrar numa economia total. O Saae vai também tomar medidas para economizar, cortar abastecimento durante algumas horas por dia, tentar conter ou parar as irrigações nas lavouras”, alertou o coordenador da Defesa Civil de Marilândia, Tenório Gomes.

Fonte: G1-ES