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Morre o pintor espanhol Eduardo Arroyo, aos 81 anos

Arroyo se exilou voluntariamente em Paris em 1958.

Em 14/10/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Correio da Manhã

O pintor e escultor espanhol Eduardo Arroyo, um dos maiores expoentes da chamada "figuração narrativa", morreu neste domingo em Madri, aos 81 anos, segundo confirmou a família à Agência Efe.

Arroyo se exilou voluntariamente em Paris em 1958, onde permaneceu até a chegada da democracia à Espanha no final dos anos 70. Na capital francesa, começou as atividades como pintor, além de se dedicar ao jornalismo.

Foi em Paris que Arroyo se conectou com os círculos intelectuais e artísticos de vanguarda e desempenhou um papel importante dentro dos setores progressistas da cultura francesa.

Como pintor, expôs regularmente nos principais centros artísticos da Europa e da América. No entanto, foi praticamente desconhecido durante anos na Espanha.

A primeira exposição, em 1963, foi fechada pela censura. Anos depois, ao ser nomeado curador da Bienal de Valência, foi detido na cidade espanhola. Já na democracia, Arroyo realizou diversas mostras na Espanha, como a antológica de 1982 na Biblioteca Nacional de Madri.

Prêmio Nacional de Artes Plásticas de 1982 na Espanha, o artista também era cavaleiro das Artes e das Letras, título concedido pelo Governo francês.

Eduardo Arroyo era um artista autodidata e uma das grandes referências da "figuração narrativa", que na década de 60 do século XX entrou na discussão entre abstração e representação.

Entre as últimas exposições de Arroyo se destaca a realizada em Paris em outubro de 2015, uma mostra sobre seus melhores retratos dos últimos 50 anos de vida.