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Mötley Crüe tem choro, fogo e hard rock datado em "adeus" no Rock in Rio.

Vocalista Vince Neil se emocionou em show da turnê de despedida.

Em 20/09/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Mötley Crüe pode não ter feito um show tecnicamente impecável no Palco Mundo do Rock in Rio na noite deste sábado (19), mas emoção não faltou.

Ao menos da parte do vocalista dos veteranos do hard rock festivo movido ao clichê "sexo, drogas e rock'n'roll": na última música do repertorio, "Home sweet home", Vince Neil derramou lágrimas.

O quarteto surgido em 1981 trouxe ao festival o show de sua (suposta) turnê de despedida, a Mötley Crüe Final Tour, prevista para acabar no final do ano. E depois, nunca mais (pelo menos é o que diz o contrato assinado pelos músicos).

O que também não faltou foi solidariedade. O baixista Nikki Sixx entregou seu instrumento a um grupo de fãs que estava na grade.

Talvez tenha ficado com pena do calor que o povo ali perto passou, já que o palco tinha diversos canhões de fogo, acionados com frequência quase imprudente. Dava para sentir a calor a uns 50 metros de distância.

Também se destacaram duas vocalistas de apoio e dançarinas que dançavam com shorts curtos durante algumas músicas. A dupla surgiu já em "Girls, girls, girls", a primeira do set, introduzida por um ronco de motor de motocicleta.

E ali estava dado o tom do que viria: autocelebração e tentativas de conquistar os fãs (do Metallica, maioria absoluta, ao menos se o critério adotado for a estampa das camisetas do público).

Os hits essencias do Mötley Crüe estiveram quase todos presentes. Foi realmente um "best of" das antigas.

Teve "Primal Scream"; "Same ol' situation" (com bom coro no refrão e coregrafia e palmas com as dançarinas); "Shout at the devil" (nesta, algum integrante usou a estrutura do palco para fazer uma espécie de lança-chamas); "Looks that kill" (realmente bem recebida); "Live Wire"; "Kickstart my heart" e "Dr. Feelgood". Houve espaço ainda para a tradicional cover de "Anarchy in the UK".

O set foi foi uma versão ligeiramente reduzida do habitual na Final Tour. Felizmente, ao menos era o que indicava a relativa impaciência da maioria do público, cortaram um solo de bateria que seria executado por Tommy Lee (o da sex tape com Pamela Anderson). Estava quase na hora do Metallica.

Fonte: G1