CIDADE

Motociclistas querem faixas exclusivas em Vila Velha

Foram 1.865 vítimas de acidentes com moto em 2015, segundo dados do Detran-ES.

Em 02/09/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Em Vila Velha foram 1.865 vítimas de acidentes com moto em 2015, segundo dados do Detran-ES. Com esse embasamento, os representantes do grupo Motoqueiros de Cristo apresentaram o projeto para implantação no município das faixas exclusivas para motos, conhecidas como motofaixas, nesta quinta-feira (30/08), na reunião com o vice-prefeito de Vila Velha Jorge Carreta, no auditório da Semgov, na PMVV. Estiveram presentes o secretário de Prevenção, Combate à Violência e Trânsito (Semprev), Oberacy Emmerich Junior, motociclistas e sindicalistas.
 
O vice-prefeito Jorge Carreta destacou a importância da discussão. “Estamos iniciando um diálogo para melhorar a segurança para motociclistas. Esse projeto não terá impacto somente aos usuários de motos, mas aos condutores de carros e pedestres”, afirmou Carreta.
 
De acordo com o presidente do grupo, Itamar Fernandes de Almeida, o projeto é uma alternativa para aumentar a segurança no trânsito, principalmente para os motociclistas, pois melhora a fluidez do tráfego e reduz o número de acidentes e mortes no trânsito urbano. “Experiências em outros municípios têm comprovado que intervenções no sistema viário são capazes de melhorar a fluidez do tráfego e as motofaixas são uma das ferramentas para a redução dos acidentes”, explicou.
 
Para o consultor de vendas automotivo Romulo Portela, de 35 anos, que é motociclista, contou que já sofreu mais de cinco acidentes devido à falta de respeito no trânsito. “Perdi a conta de quantos acidentes sofri devido aos maus motoristas que cortam para a esquerda ou direita sem dar seta”, relatou. Ele acredita que a iniciativa pode melhorar o conflito existente entre carros e motos. “Acredito que não vai ter problema com as motos nas faixas exclusivas”, disse.
 
O secretário da Semprev, Oberacy Emmerich Junior, informou que a Prefeitura deve realizar estudos para uma possível implantação. “A partir da formalização vamos encaminhar para o engenheiro que fará o estudo disso e da legalidade. Inclusive pedi aos representantes do grupo Motoqueiros de Cristo para encaminhar também ao Conselho Estadual de Trânsito, onde temos assento e vou defender esta iniciativa”, finalizou.