POLÍTICA INTERNACIONAL

Mundo precisa que China e EUA tenham relacionamento estável.

Foi o que disse o presidente chinês, Xi Jinping, ao vice-presidente dos EUA, Joe Biden.

Em 18/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

PEQUIM (Reuters) - O mundo precisa que a China e os Estados Unidos tenham um relacionamento estável e cooperativo, disse o presidente chinês, Xi Jinping, ao vice-presidente dos EUA, Joe Biden, poucos dias antes de um novo período de incertezas entre os dois países sob o governo de Donald Trump, que toma posse como presidente norte-americano na sexta-feira.

Em reunião realizada durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Xi disse a Biden “avaliar positivamente” seus esforços para aumentar a amizade e compreensão mútua entre os dois países, afirmou o Ministério de Relações Exteriores da China na noite de terça-feira. 

“Nos 38 anos desde o estabelecimento de relações diplomáticas, as relações entre os dois países passaram por vento e chuva, mas, de maneira geral, continuaram a progredir”, disse Xi, segundo comunicado.  

Sob o governo do presidente Barack Obama, tem havido um desenvolvimento “correto” nas relações, e resultados importantes e positivos foram alcançados, com comércio e trocas entre pessoas alcançando novas máximas, disse o líder chinês. 

“Os interesses básicos dos povos de ambos os países e o mundo precisam que a China e os EUA trabalhem duro para formar um longo, estável e cooperativo relacionamento”, disse Xi.

Segundo o comunicado, Biden disse que os EUA esperam que os dois países possam continuar a aprofundar a confiança mútua e expandir a cooperação.

Não houve menção a Trump, embora o mais alto diplomata chinês, o chanceler Yang Jiechi, o qual se encontrou com um alto assessor de Trump no mês passado, também tenha participado da reunião entre Xi e Biden, de acordo com o ministério. 

Trump, a dois dias de tomar posse, tem preocupado Pequim com ameaças de que vai criar impostos sobre importações chinesas e questionar o compromisso dos Estados Unidos sobre a "política de uma China”, sob a qual Washington reconhece a posição de Pequim de que Taiwan é parte de seu território.

Por Ben Blanchard/Reuters