ESPORTE INTERNACIONAL

Nicholas Santos leva prata nos 50m borboleta

Brasileiro de 37 anos fica apenas 0s04 atrás do britânico Benjamin Proud.

Em 24/07/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Nicholas Santos, de 37 anos, tinha idade para ser pai de alguns dos atletas que caíram na água com ele para a disputa dos 50m borboleta no Campeonato Mundial, que está sendo disputado em Budapeste, na Hungria. Mas seu filho de verdade, o pequeno Nicholas, de um ano, é que estava na arquibancada para empurrar o "papai" para a medalha de prata no Mundial. Atleta mais velho de toda a competição, o brasileiro foi ao pódio nesta segunda-feira com o tempo de 22s79, apenas 0s04 atrás do britânico Benjamin Proud, que nadou para conquistar o ouro com 22s75. Fechou o pódio o ucraniano Andrii Govorov, com 22s84. O brasileiro Henrique Martins foi sexto, com 23s14.

A prata de Nicholas faz ele quebrar um recorde que era dele mesmo: o mais velho a ir ao pódio em um Mundial de piscina longa. Medalhista de prata nos 50m borboleta no Mundial de 2015, na Rússia, quando tinha 35 anos e cinco meses, já era o mais velho a ir ao pódio em toda a história. Agora, aumentou o desafio do recorde para os rivais.

"Estou muito feliz. Hoje eu sou o medalhista mais velho da história do mundial, e continuo com o melhor tempo do ranking", disse Nicholas

Na decisão, Nicholas era 11 anos mais velho que o americano Tim Philips, americano que era o de mais idade entre os outros competidores. O brasileiro Henrique Martins tem 25, mesma idade do ucraniano Andrii Govorov. Joseph Schooling e o britânico Ben Proud têm 22 anos, o americano Caleb Dressel 20 e, por fim, o ucraniano Andrii Khlopistov tem 18.

Foi uma prova de tirar o fôlego, literalmente. Sem respirar, Nicholas completou o percurso em 22s79, um pouco acima do que fez no Maria Lenk, 22s61, mas o suficiente para ir ao pódio. Ele largou bem, no meio da prova caiu um pouco, parecia estar disputando a prata, mas cresceu nas últimas braçadas para o pódio.

Na prova, estavam Joseph Schooling, de Cingapura, campeão dos 100m borboleta nos Jogos do Rio, e Caeleb Dressel, que levou dois ouros com os revezamentos americanos no ano passado. Ambos 15 anos mais novos que Nicholas e ambos ficaram para trás.

Os Campeonatos Mundiais tiveram início em 1973, em Belgrado, na Sérvia. Essa é a 17ª edição do evento, que começou bianual (73/75), depois foi disputado em quatro em quatro anos (78/86/86), aí voltou em 1991, 94 e 98, para finalmente voltar a ser de dois em dois anos, entre 2001 e 2017.

É a quinta medalha do Brasil no Mundial de esportes aquáticos. Ana Marcela Cunha já tinha levado dois bronzes (5km e 10km) e um ouro (25km) nas águas abertas, enquanto o revezamento 4x100m livre levou a prata no último domingo.

Britânico voador
Adam Peaty, que é considerado o maior nadador da atualidade por conta de sua superioridade nas provas de peito, confirmou o favoritos e levou o ouro nos 100m. Ele nadou a distância em 57s47, batendo o recorde do campeonato. A prata ficou com o americano Kevin Cordes, 58s79, e o bronze com kirill Prigoda, da Rússia, com 59s05.

Confirmou
A sueca Sarah Sjostrom era superfavorita para o ouro nos 100m borboleta. Nadou o tempo inteiro na frente, chegou a flertar com o recorde mundial, que é dela mesma, e ficou com o ouro com a marca de 55s53, apenas cinco centésimos acima de seu tempo. A prata ficou com Emma Mckeon, da Austrália, com 56s18, e o bronze com Kelsi Worrel, dos Estados Unidos, 56s37.