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No ES 66% dos inscritos em programa social têm renda de até R$ 237,00.

Estado tem 363.890 mil famílias no CadÚnico.

Em 11/05/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

No Espírito Santo, em 2015, 66,5% das pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) estão abaixo da linha de pobreza, com renda mensal inferior a R$ 237,08. Já as pessoas abaixo da faixa de extrema pobreza representam 39% dos cadastrados, com renda inferior a R$118,54 por mês.

O Espírito Santo tem 363.890 famílias cadastradas no CadÚnico. As taxas são calculadas a partir do número de pessoas que estão dentro da faixa de pobreza - abaixo de R$ 237,08 na população urbana e R$ 202,34 na população rural - e na de extrema pobreza - R$ 118,54 na zona urbana e R$ 101,17 na zona rural.

Os números foram divulgados nesta quinta-feira (5), no “Perfil da Pobreza no Espírito Santo: famílias inscritas no CadÚnico”, elaborado pelo Instituto Jones Santos Neves (IJSN). No entanto, a assessoria de imprensa do Instituto foi questionada pelo G1 a respeito dos números absolutos de inscritos abaixo da linha de pobreza e de extrema pobreza, mas o órgão não informou os dados.

Os municípios que apresentaram as dez maiores taxas de pobreza foram: Água Doce do Norte (84,3%), Irupi (83,9%), Ibitirama (83,0%), Muqui (81,3%), Pedro Canário (80,8%), Brejetuba (80,5%), Mantenópolis (79,1%), Guaçuí (78,8%), Sooretama (77,3%), Alto Rio Novo (76,5%). O Espírito Santo possui 363.890 mil famílias cadastradas no CadÚnico.

O estudo mostra que 26,6% das pessoas com 14 anos ou mais estão inseridas no mercado de trabalho. Entre os jovens,  29,2% entre 15 e 29 anos de idade estavam empregados. O rendimento médio de todos os trabalhos no estado foi de R$569,65.

Já a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais inscritas no Cadastro Único é de 8,9%. A parcela dessa população com o ensino médio completo é de 20,1% no estado.

O estudo também aponta que 20,7% das famílias cadastradas do estado vivem em área rural, enquanto 79,3% delas vivem em área urbana. As famílias que vivem em casa própria (domicilio particular permanente) representam 99,2%.

A pesquisa também mostra que 14,4% das famílias no CadÚnico não possuem acesso a serviço de coleta de lixo e 24,7% não possuem esgotamento sanitário adequado.

O acesso à iluminação com energia elétrica apresenta resultados positivos, entretanto, o acesso a esse serviço não é feito de forma individualizada (um relógio por família) para uma parcela significativa das famílias (14,4%).

Sobre o acesso a água, 96,3% das famílias vivem em domicílios com água canalizada, porém, em algumas Microrregiões o percentual de famílias que ainda não possuem água canalizada é alto: Nordeste (7,6%), Noroeste (6,4%), Central Sul (4,9%), Central Serrana (4,5%) e Caparaó (4,4%). As Microrregiões Sudoeste Serrana e Metropolitana aparecem com os maiores percentuais de atendimento (98,1% e 98,2% respectivamente).

Instituto
O Instituto Jones Santos Neves enviou uma análise da Diretora Presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Andrezza Rosalém, sobre as ações que estão sendo feitas para melhorar os dados da pobreza no estado.

"É importante ressaltar que o governo do Estado entende que investir em melhorias na escolaridade, na capacitação profissional e na possibilidade de empreendedorismo são ações prioritárias para reduzir a taxa de pobreza. Para isso, implantou Projetos Estratégicos, como: o Ocupação Social, que tem como objetivo a melhoria na qualidade de vida dos jovens dos bairros com maiores índices de homicídios nos últimos anos, tendo como foco a melhoria na escolaridade, qualificação profissional e a inserção no mercado de trabalho; o Escola Viva, educação em tempo integral, que traz como ponto central a construção de um projeto de vida para os jovens; além disso, tem desenvolvido ações para o fortalecimento das Políticas de Trabalho e Renda com modernização da Rede SINE e da implantação do Mapa da Qualificação Profissional (adequação da demanda dos empresários e a oferta de qualificação profissional); e  a manutenção e a criação de 7 mil empregos com obras como a Leste-Oeste, a Rodovia José Sette, a duplicação da Estrada Cachoeiro - Coutinho, entre outras.  Todas as ações tem como objetivo a melhoria da renda dessas famílias, possibilitando a saída da condição de pobreza por meio da educação e da inserção produtiva no mercado de trabalho", disse a nota.

Fonte: G1-ES