EDUCAÇÃO

No mês de março, Insa oferece curso sobre uso e propagação do umbuzeiro.

O Instituto Nacional do Semiárido realizará duas ações direcionadas a estudantes, técnicos e produtores da área.

Em 04/03/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O umbuzeiro é uma das árvores mais emblemáticas do Semiárido brasileiro. A fim de abordar métodos sustentáveis de cultivo, o Instituto Nacional do Semiárido, em sua Estação Experimental, em Campina Grande (PB), realizará dois minicursos no mês de março. 

Direcionado à estudantes, técnicos e produtores, as ações envolverão participantes dos municípios paraibanos de Catolé de Boa Vista, Lagoa Seca, Lagoa de Roça, Remígio e Esperança.

O curso será ministrado pelo produtor Severino de Moura Maciel, que possui larga experiência com a técnica de enxertia juntamente a pesquisadora Marina Medeiros e a técnica Valéria Araújo que compõem o projeto.

Com outros dois cursos já realizados, o minicurso acontece como conclusão do projeto do Insa “Enriquecimento da Caatinga com umbuzeiros submetidos à seleção para qualidade de frutos”, financiado com recursos do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

As atividades anteriores aconteceram nos dias 26 e 27 de fevereiro, no Instituto Federal da Paraíba (IFPB), campus Picuí (PB), e na Escola Agrotécnica de Sumé (PB), respectivamente. Além destes municípios foram atendidos participantes de Currais Novos (RN) e Nova Floresta (PB).

Utilização

O umbuzeiro pode ser usado com fins forrageiros, madeireiros e medicinais, entre outros. Seu fruto é rico em minerais e vitamina C, sendo muito utilizado por populações rurais da região Semiárida como base alimentar e fonte alternativa de renda.

De acordo com a pesquisadora do Insa e coordenadora do projeto, Fabiane Costa Batista, todos os dados sobre a produção de umbu no Brasil reportam ao extrativismo, ou seja, as cooperativas, unidades de beneficiamento e agricultores coletam os frutos na natureza e utilizam sua polpa, mas não retornam essas sementes à Caatinga, simplesmente as descartam.

“Se essas sementes fossem usadas para produzir mudas e essas fossem usadas para enriquecimento da Caatinga, estaríamos contribuindo para manutenção da variabilidade genética da espécie”, explica a pesquisadora.

Além dos usos, o minicurso aborda algumas técnicas de propagação do umbuzeiro, com destaque para a enxertia, que reduz o período juvenil da planta. O umbuzeiro plantado através do caroço inicia sua produção por volta de 10 anos, enquanto pelo enxerto em apenas 4 anos aproximadamente.

Fonte: Instituto Nacional do Semiárido