SAÚDE

Novo boletim sobre microcefalia aponta 2.975 casos suspeitos no País.

Estão em investigação casos suspeitos da doença em 656 municípios de 20 Unidades da Federação.

Em 30/12/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Ministério da Saúde divulgou, nesta terça-feira (29), o último boletim epidemiológico do ano sobre microcefalia. Os dados foram compilados até o dia 26 de dezembro. Até o momento, foram notificados 2.975 casos suspeitos da doença em recém-nascidos de 656 municípios de 20 Unidades da Federação.

Também estão sendo investigados 40 óbitos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. Das 20 Unidades da Federação com casos suspeitos, três Estados (TO, MG e MT) apresentaram diminuição de casos e oito apresentaram aumento de casos. Nove Estados permaneceram com número de casos suspeitos iguais ao Boletim anterior, divulgado na semana passada (22).

O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (1.153), o que representa 38,76% das ocorrências de todo o País. O Estado foi o primeiro a identificar aumento de microcefalia no Brasil.

Em seguida, estão os Estados da Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (129), Maranhão (94) e Piauí (51).

Em novembro, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações, que estão sendo realizadas de forma integrada com as Secretarias Estaduais e municipais de Saúde.

Trata-se de um mecanismo previsto para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. Também está em funcionamento, desde o dia 10 de novembro, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), um mecanismo de gestão de crise que reúne as diversas áreas para responder a esse evento.

Mobilização nacional

Para a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, foi instalada a Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento à microcefalia. O objetivo é intensificar as ações de mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti. Também serão instaladas salas Estaduais, que contarão com a presença de representantes do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, Educação, Segurança Pública, Assistência Social, Defesa Civil e Forças Armadas.

Atualmente, estão implantadas salas em 18 Unidades da Federação: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Ceará. Outros quatro Estados estão em fase de implantação da sala: Pará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo. Os demais serão orientados pelo Ministério da Saúde para a implantação dessas salas.

Orientação

O Ministério da Saúde recomenda que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, além de se protegerem da exposição de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Zika

Atualmente, a circulação do Zika é confirmada por meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. A partir da confirmação em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas.

O Ministério da Saúde capacitou mais 11 laboratórios públicos para realizar o diagnóstico de Zika. Contando com as cinco unidades referência no Brasil para esse tipo de exame, já são 16 centros com o conhecimento para fazer o teste.

Nos dois próximos meses, a tecnologia será transferida para mais 11 laboratórios, somando 27 unidades preparadas para analisar 400 amostras por mês de casos suspeitos de Zika em todo o País.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde