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Número de passageiros no Aeroporto de Vitória cai 18%.

Dados da Infraero são do 1º semestre deste ano comparados ao de 2015.

Em 17/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A movimentação de passageiros no Aeroporto de Vitória caiu 18,6% entre janeiro e junho deste ano, em relação ao mesmo período do ano anterior. A Infraero informou que, em 2015, quase 904 mil pessoas chegaram ou saíram de avião da capital capixaba, enquanto que em 2016, no mesmo período, foram 735 mil.

Isolado, o mês de junho também teve grande redução de embarques e desembarques de 17,4%, caindo de quase 135 mil para 111 mil.

O arquiteto Guilherme Telles, de 31 anos, mora em São Paulo, mas estava passando férias em Vitória até este domingo (17). Ele viajava ao menos três vezes por semana para encontrar com clientes, porém, com a crise financeira e a redução da demanda, teve que reduzir para cerca de três vezes no mês.

“Parte da redução dos custos acaba sendo com as viagens, que aconteciam com mais frequência, mas tiveram que ser reduzidas. É um indicativo de um mercado muito instável ainda e na minha área, de arquitetura de interiores, as pessoas vão cortando luxos. Ninguém vai redecorar a casa em época de crise financeira”, analisou.

O gerente de exportações Arthur Vilareal, de 40 anos, também viajava muito a trabalho para outros estados do Sudeste e, da mesma forma, teve que reduzir o número de viagens. Ele ressalta que o valor das passagens mais alto influenciou.

“A gente está dedicando mais a situações pontuais. Não podemos ficar viajando para aprovar clientes novos sempre e sim visitar para manter o controle que temos das exportações”, explicou.

O economista e professor universitário Antônio Marcos Machado comenta que para viagens em família, a escolha está sendo mais voltada para carros e ônibus. No caso de viagens a trabalho, o especialista ressalta que as empresas estão evitando que os funcionários façam viagens a negócio, já que com a redução no número de passageiros, o preço das passagens também aumentou.

“As empresas estão fazendo reuniões à distância, através da internet e por meio de aplicativos de mensagem e envio de e-mails, evitando que o profissional se desloque. Só em casos específicos que há esse deslocamento”, explicou.

O economista acrescenta que há um otimismo para melhoria da economia brasileira agora, no segundo semestre deste ano, que também deve influenciar na aviação, mas por enquanto é apenas uma sensação e não uma realidade.

Fonte: g1-ES