POLÍTICA INTERNACIONAL

Obama pede que candidatos evitem insultos na campanha presidencial.

Pediu aos candidatos que evitem o linguajar ofensivo que desvirtua a corrida para sucedê-lo.

Em 12/03/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O presidente americano, Barack Obama, entrou na conturbada campanha à Casa Branca, neste sábado (12), para pedir aos candidatos que evitem o linguajar ofensivo que desvirtua a corrida para sucedê-lo.

"Aqueles que estão na campanha devem se concentrar em como fazer as coisas melhor, e não em proferir insultos, brincadeiras escolares e deturpações, ou se dividirem por questões de raça e fé e, certamente, não (devem se concentrar) na violência entre americanos", disse Obama em um evento de arrecadação de fundos em Dallas, no Texas.

O líder se pronunciou um dia depois que um evento organizado pelo pré-candidato republicano favorito nas pesquisas, Donald Trump, em Chicago, teve de ser adiado, em meio a confrontos entre seus partidários e manifestantes.

Mais cedo, nesse mesmo dia, durante um ato eleitoral em Saint Louis (Missouri), em que 32 pessoas foram presas, Trump havia se referido a episódios anteriores de violência entre seus simpatizantes e seus opositores.

"Honestamente, é mais divertido do que ouvir um discurso, vocês não acham?", indagou.

Em 1º de fevereiro, o pré-candidato havia convocado seus correligionários a "confrontarem" os manifestantes e prometeu arcar com suas despesas com advogados.

Desde o início de sua campanha eleitoral, o magnata do setor imobiliário recebe duras críticas por suas declarações e propostas sobre os imigrantes mexicanos e sobre os muçulmanos. Segundo seus críticos, esses pronunciamentos se tornam gatilhos para uma série de tensões.

Suas declarações sobre os incidentes em seus comícios também foram duramente criticadas por representantes democratas, depois do que aconteceu em Chicago.

Ele também foi criticado por seus rivais dentro do próprio partido, para quem as primárias da próxima terça-feira, 15 de março, representam uma das últimas chances de impedir que o bilionário se transforme no candidato republicano nas eleições presidenciais.

"Donald Trump semeou a divisão e colheu os frutos esta noite, foi horrível", disse o aspirante presidencial republicano John Kasich, governador de Ohio.

O senador Ted Cruz, principal oponente de Trump, acusou o magnata de "criar um ambiente que só encoraja este tipo de discórdia violenta".

AFP