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Obras do Porto Central vão começar em 2017 no Espírito Santo.

Projeto de porto prevê instalação em Presidente Kennedy, no Sul do estado.

Em 07/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

As obras do Porto Central, em Presidente Kennedy, na região Sul do Espírito Santo, vão começar em 2017. As empresas responsáveis pelo porto, a TPK Logística e a holandesa Porto de Roterdã, esperam dentro de dois a três meses o aval de órgão do governo federal para começar os trabalhos.

Representantes do Porto Central, José Maria Novaes e José Salomão Fadlalah se reuniram com órgãos ambientais em Brasília nesta quarta-feira (6), acompanhados pelo deputado federal Evair de Melo.

Eles participaram das reuniões na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), no Ministério do Meio Ambiente, no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério dos Transportes.

“As reuniões foram muito boas. Nosso processo já está numa fase final de análise para sair a autorização para construção do porto. E tanto o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, quanto diretores do Ibama frisaram que enxergam o projeto com muito bons olhos, que ele é prioritário para o governo federal e que vai ser tratado com a devida importância”, relatou Novaes.

Negociação
Mesmo com a Licença de Instalação em mãos, a construção não será iniciada imediatamente. O presidente do empreendimento justificou que antes de começar as obras, é preciso realizar negociações com potenciais clientes e fechar os contratos com os interessados em se instalar na área.

“Para tomar uma decisão, o cliente tem que fazer estudos como de viabilidade econômica e financeira. E ele só vai ter essa segurança quando nós tivermos com a LI na mão. Essa licença destrava a nossa situação para concluir negociações com clientes potenciais”, disse.

As conversas e a captação desses clientes têm acontecido principalmente em seis frentes, conforme as atividades que os investidores pretendem desenvolver no porto de Presidente Kennedy.

Novaes explica que os segmentos prioritários são: petróleo e derivados, grãos, contêineres, cargas gerais, gás natural liquefeito (GNL), além de plantas térmicas.

“As negociações comerciais com esses potenciais interessados é que vão definir o nosso cronograma de trabalho após a obtenção das licenças necessárias”.

Crise
Questionado sobre o turbulento quadro econômico e político do país, o presidente José Maria Novaes observou que ele atrapalha, mas não impede o investimento, da ordem de R$ 5 bilhões.

De acordo com o executivo, assim como os investidores do porto, os clientes têm uma visão de longo prazo. “O porto está sendo feito para daqui a 50 anos, e não quatro. Mesmo com o PIB negativo, o Brasil continua sendo a sétima economia mundial, são 200 milhões de pessoas, um mercado consumidor enorme e ainda temos a carência de infraestrutura. Ainda que o cenário de curto prazo seja incerto, a visão é de longo prazo”.

Fonte: A Gazeta