POLICIA

Operação Lava Jato chega forte ao Espírito Santo e leva ex-presidente do Bandes.

Guilherme Lacerda (PT), foi preso na manhã desta segunda-feira (5) em sua casa, em Vila Velha.

Em 05/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Um dos principais integrantes do PT no Espírito Santo, Guilherme Lacerda (PT), foi preso na manhã desta segunda-feira (5) em sua casa, em Vila Velha, pela Polícia Federal.

Lacerda foi diretor do Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, entre 2003 e 2010 e é acusado de fraudes no gerenciamento neste fundo. As investigações fazem parte da Operação Greenfield, que cumpriu outros seis mandados de prisão pelo país.

Economista de Belo Horizonte, Guilherme Lacerda desembarcou no Espírito Santo em 1994 para trabalhar na campanha do ex-governador Vitor Buaiz (PT). O petista também foi secretário de planejamento do Governo Estadual e diretor do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). Em 2003, ele foi indicado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) para o cargo de presidente do Funcef.

A campanha mais cara do ES

Em 2010, Lacerda fez uma das campanhas mais caras do Espírito Santo ao gastar R$ 2 milhões para tentar se eleger deputado federal. Como não foi eleito, Lacerda foi indicado para ser diretor de infraestrutura do BNDES, em Brasília. O economista ainda foi um dos colaboradores do plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas campanhas presidenciais de 1989 e 1994. Em 2002, ele coordenou a campanha do ex-presidente no Estado.

Guilherme também é investigado na Operação Lava Jato por ter cobrado propina a executivos da Andrade Gutierrez para o partido em 2012.

A Operação Greenfield

A Operação Greenfield também investiga fraudes em outros três fundos de pensão: a Petros (de trabalhadores da Petrobras), a Previ (de funcionários Banco do Brasil) e o Postalis (de trabalhadores dos Correios). A ação da PF conta com auxílio do Ministério Público Federal, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Ao todo, 74 pessoas físicas e 38 jurídicas são alvos da investigação. A operação Greenfield busca identificar irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país. Os desvios são estimados em pelo menos R$ 8 bilhões. 

Por Gazeta Online