SAÚDE

Operadoras de planos de saúde investiram mais de R$ 3 bilhões.

Ampliação do número de leitos e rede de atendimento, tecnologia da informação e equipamentos foram as prioridades.

Em 23/04/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

As operadoras de planos de saúde investiram R$ 3,2 bilhões em ampliação de estruturas e serviços, entre 2013 e setembro de 2014, segundo estimativas da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), entidade que representa os planos de saúde. A ampliação do número de leitos e da rede de atendimento, incluindo benfeitorias em clínicas e hospitais, tecnologia da informação e equipamentos foram os principais investimentos das operadoras.

Nos últimos 12 meses terminados em setembro de 2014, o investimento das operadoras de planos de saúde foi de cerca de R$1,1 bilhão. Já em 2013, o montante chegou a R$ 2,1 bilhões. Os valores foram apurados pela Abramge a partir de informações das demonstrações contábeis das operadoras de planos de saúde divulgadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O investimento em leitos hospitalares alcançou R$ 905 milhões apenas em 2014, resultando na abertura de 2.600 novos leitos privados, um crescimento de 4,3% na oferta dessa infraestrutura se comparado ao ano anterior. Este investimento soma a expansão realizada não só pelas redes próprias das operadoras, mas também pelos demais hospitais privados independentes. “A expansão dos leitos é necessária para atender a demanda dos clientes dos planos de saúde”, ressalta Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor Executivo da Abramge.

Para Abbatepaolo, o valor investido em 2014 foi vultoso diante do fraco desempenho da economia brasileira.  “O montante é relevante, principalmente quando considerado o momento econômico, que é de estagnação. Temos que ponderar o baixo crescimento, de apenas 0,1% em 2014, aliada à redução de investimentos – queda de 4%, de 20,5% do PIB para 19,7% e aumento da inflação”. E acrescenta: “Além disso, a redução da taxa de poupança e o aumento das taxas de juros tornam os recursos para investimento mais escassos e caros, fazendo com que muitas empresas decidam postergar ou cancelar investimentos”.

As contratações de planos de saúde também sofreram impacto devido ao atual cenário econômico. O crescimento de beneficiários apresentou o menor índice desde 2003, de 2,5%. Apesar do cenário adverso, os investimentos realizados, tanto por operadoras de planos de saúde quanto prestadores de serviços de saúde, credenciam a geração de empregos pelo setor. Em 2014 o setor de saúde gerou 99.915 novos postos de trabalho, se confirmando como o segundo maior gerador de empregos em todo o país. “Em 2015, os desafios serão ainda maiores, uma vez que o mercado de trabalho começa a emitir sinais de enfraquecimento, com aumento da taxa de desemprego e queda na renda média do trabalhador”, conclui Abbatepaolo.

Principais setores em ranking de geração de empregos e de desligamentos - 2014

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Fonte: Elaborado pela Abramge a partir de informações do Cadastro Geral e Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego.

Mercado de planos de saúde com cobertura médico - hospitalar

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Fonte: Elaborado pela Abramge a partir de informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Fonte: Euro Comunicação