Operação resgata mais de 400 imigrantes ilegais na costa espanhola

ma operação humanitária resgatou um total de 418 imigrantes ilegais na manhã deste sábado (23) da costa espanhola, informa a France Presse. No total, 262 imigrantes foram resgatados na área do Estreito de Gilbraltar, outros 27 no Mediterrâneo (entre o sul da Espanha e o norte do Marrocos), e outros 129 ao largo da costa da ilha de Gran Canaria, no arquipélago das Canárias, já no Atlântico.

O resgate ocorre uma semana depois de o navio humanitário "Aquarius" agitar a questão migratória na Europa. O navio resgatou 630 migrantes a partir do norte da África e conseguiu deixá-los em Valência (Espanha), depois da recusa da Itália e de Malta em receber os resgatados.

O "Aquarius" é um navio franco-alemão que resgata imigrantes no mediterrâneo, que geralmente utilizam embarcações mais rudimentares. Ele é operado conjuntamente pelas ONGs "Médicos Sem Fronteiras" (França) " e SOS Mediterrâneo (Alemã).

Entre janeiro e 20 de junho deste ano, um total de 292 imigrantes morreram em sua tentativa de alcançar a costa espanhola. O total no Mediterrâneo até 20 de junho foi de 960 mortos, menos da metade do registrado no mesmo período do ano passado (2.133).

Atualmente, a Espanha é a terceira porta de entrada para imigrantes ilegais por via marítima na União Europeia. A primeira entrada continua sendo a Itália e a segunda a Grécia, com uma pequena margem sobre a Espanha.

A questão dos navios humanitários na Europa

Além do Aquarius, outro navio humanitário tem polemizado a questão migratória. Neste sábado (23), o navio da ONG alemã Lifeline está com mais de 230 imigrantes a bordo esperando uma solução para a questão após a Itália rejeitar o navio.

O destino de navios humanitários com a chegada de imigrantes ilegais tem sido objeto de debate diplomático na Europa. Por isso, a fim de coordenar os esforços sobre este assunto e evitar novos transtornos, uma mini-cúpula em Bruxelas foi convocada com urgência para o domingo, na qual 16 países devem participar, informa a agência France Presse.

Entre eles estão Itália, França, Alemanha, Áustria, Grécia, Malta e Espanha, com o seu novo primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez, que tomou a iniciativa de acolher os imigrantes do "Aquarius".

 (Foto: Kenny Karpov/SOS Mediterranee/Handout via Reuters)