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Organizadores da Zombie Walk dizem que evento foi cancelado.

Não houve liberação da Prefeitura de Curitiba, diz organização.

Em 21/02/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Os organizadores da Zombie Walk informaram que a tradicional caminhada de zumbis, que era realizada durante o Caranaval de Curitiba, foi cancelada por falta de autorização da prefeitura.

O G1 entrou em contato com a administração municipal para comentar o assunto, mas, até a publicação desta reportagem, não havia um posicionamento.

"Lutamos com todas as nossas forças para continuar o que para muitos já era uma tradição no carnaval da cidade de Curitiba. No entanto, a exemplo de diversos outros eventos vetados pela atual legislação, não obtivemos a autorização necessária para a realização", diz um trecho de uma nota publicada no Facebook do evento, nesta terça-feira (21).

Os organizadores afirmaram que a Comissão Permanente de Análise de Eventos de Grande Porte (CAGE) não concedeu o uso do solo. Eles chamaram a postura de "intransigente". A organização ainda lamentou a falta de apoio da Fundação Cultural de Curitiba (FCC).

A reportagem do G1 também procurou a FCC, que não passou informações sobre o ocorrido.

A organização disse, por meio da nota, que, até 2016, houve parceria com a Fundação Cultural.

Leia a nota divulgada pelos organizadores da Zombie Walk na íntegra:

"ZOMBIE WALK 2017 CANCELADA.

É com muito pesar que a equipe ZOMBIE WALK CURITIBA informa seu público que o evento de 2017 não ocorrerá. Lutamos com todas as nossas forças para continuar o que para muitos já era uma tradição no carnaval da cidade de Curitiba. No entanto, a exemplo de diversos outros eventos vetados pela atual legislação, não obtivemos a autorização necessária para a realização.

Lamentamos a postura intransigente da CAGE (Comissão Permanente de Análise de Eventos de Grande Porte) que não nos concedeu uso de solo, com exigências muito além de nossas capacidades.

Lamentamos também a falta de apoio da Fundação Cultural de Curitiba, que até o ano passado foi estimada parceira, orientando e auxiliando na condução do evento, o que não aconteceu esse ano.

Sabemos da polêmica sobre eventos e verbas públicas, e queremos deixar claro que a ZOMBIE WALK CURITIBA não recebia qualquer verba municipal (recebíamos apoio logístico). Temos uma rede de parcerias que sempre nos ajudaram a construir nosso evento, e esses parceiros continuam conosco.

Pedimos desculpas a nosso público, e informamos que esse revés não é o fim da ZOMBIE WALK CURITIBA, que voltará em 2018, pois lutaremos para isso.

Esperamos a compreensão de nossos amigos, e maior sensibilidade do poder público no futuro, o Carnaval Alternativo de Curitiba com seus vários eventos sempre foi um diferencial da cidade, atraindo inclusive pessoas de outras cidades. É com tristeza que estamos assistindo ao desmonte de tudo isso.

Repetimos que a ZOMBIE WALK CURITIBA sofreu um revés, mas não está acabada, voltaremos com nossa marcha pacífica ainda mais fortes, e como bons zumbis que somos, resistiremos.

ATÉ 2018 MEUS AMIGOS.
ZOMBIE WALK CURITIBA".

Redução do repasse
Em janeiro, a Prefeitura de Curitiba informou que reduziu o repasse para as escolas de samba da cidade e que não organizaria mais o pré-carnaval, conhecido por arrastar uma multidão atrás do bloco Garibaldis e Sacis.

As escolas do Grupo A receberão R$ 30 mil cada – até então, cada uma recebia R$ 60 mil.

Já cada escola do Grupo B vai receber R$ 18 mil. Antes, o repasse para cada escola do Grupo B era de R$ 30 mil, de acordo com a Fundação Cultural.

No total, serão investidos, neste ano, R$ 539 mil no Carnaval. O valor da infraestrutura está incluído neste montante, conforme informou a FCC à época.

Oficina de Música
Outro evento tradicional de Curitiba que também foi afetado por falta de recursos, como elega a atual gestão, é a Oficina de Música. A 35ª edição do evento, prevista para ocorrer em janeiro, foi adiada para o segundo semestre.

Ao suspender a oficina, o prefeito Rafael Greca (PMN) afirmou que a música não poderia contrapor à saúde e que enquanto houvesse problemas nesta área não haveria música.

G1 PR