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Oscar pede desculpas a produtora viva mostrada em homenagem In Memoriam.

Academia divulgou versão corrigida do tributo.

Em 02/03/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Em meio à repercussão da confusão na entrega do prêmio de melhor filme, que marcou o Oscar 2017, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas pediu desculpas, três dias após a cerimônia, por outra gafe da noite: a exibição da imagem de uma mulher viva no segmento "In Memoriam", que homenageou profissionais do cinema mortos em 2016.

"Pedimos sinceras desculpas à produtora Jan Chapman, cuja foto foi erroneamente usada no 'In Memoriam', em um tributo à sua colega e querida amiga Janet Patterson", afirma a Academia em publicação desta quarta-feira (1º) nas redes sociais. Uma versão corrigida do vídeo da homenagem também foi divulgada.

No domingo (26), dia da premiação, Chapman, uma conhecida produtora australiana, disse à imprensa americana que ficou "devastada" ao ver uma foto sua no tributo. A imagem foi usada para ilustrar a homenagem a Patterson, figurinista também australiana, que morreu em outubro do ano passado.

O nome e a ocupação de Patterson estavam corretos, mas a foto mostrada era, na verdade, de Chapman. As duas trabalharam juntas em "O piano" (1993), filme pelo qual a figurinista foi indicada ao Oscar em 1994 - ela também concorreu outras três vezes, por "Retratos de uma mulher" (1996), "Oscar e Lucinda" (1997) e "O brilho de uma paixão" (2009).

"Janet, membro da Academia e estilista quatro vezes indicada ao Oscar, era amada em nossa comunidade. Nossas sinceras desculpas e condolências à família", diz o texto divulgado pela organização que promove o Oscar.

'Viva e bem'

A própria Chapman alertou a imprensa sobre o erro, no dia da premiação. "Estou viva, bem e continuo ativa", afirmou em um e-mail enviado à revista "Variety". “Eu fiquei devastada com o uso da minha foto no lugar da minha grande amiga e colaboradora de longa data. Eu pedi para a agência dela checar qualquer fotografia que pudesse ser usada e soube que a Academia disse a eles que estava tudo certo", continuou.

A produtora é uma das mais reconhecidas da Austrália e trabalhou em filmes como "O Babadook" (2014), "A floresta de Lantana" (2001) e "O último dia em que ficamos juntos" (1992).

Debbie Reynolds e Carrie Fisher, mãe e filha que morreram em dezembro com apenas um dia de diferença, foram as últimas homenageadas do "In Memoriam". O tributo foi acompanhado por uma apresentação de "Both sides now", de Joni Mitchell, interpretada pela cantora americana Sara Bareilles.