ESPORTE NACIONAL

Palmeiras vence o Flamengo por 4 x 2 e entra no G4 do Brasileirão.

Cheerleaders incentivam o Palmeiras diante do Flamengo no Allianz Parque.

Em 16/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O palmeirense teve mais uma manhã de domingo sob tensão, mas saiu do Palestra Itália aliviado. Diante de quase 38 mil pagantes, em jogo no qual o Flamengo pediu dois pênaltis, o Verdão sofreu a virada, mas conseguiu se recolocar à frente no placar, vencer por 4 a 2 e impor fim à sequência de três derrotas no Campeonato Brasileiro.

Os três pontos vieram apesar de um primeiro tempo sofrível dos anfitriões. O Palmeiras abriu o placar aos cinco minutos, com Jackson, mas, aos três, Pará queria pênalti após levar entrada de Andrei Girotto e, aos 16, Guerrero se indignou quando o árbitro não marcou infração no carrinho que ele sofreu de Fernando Prass, na pequena área.

Arbitragem à parte, Cristóvão Borges colocou Ederson no intervalo para aproveitar a superioridade do seu time e o meia virou o jogo, com gols aos cinco e aos 11. Aos 12, porém, Samir empatou em gol contra e acordou o ataque palmeirense: Dudu, aos 20, e Alecsandro, aos 25, definiram a vitória alviverde.

O Palmeiras chegou a 31 pontos e fica firme novamente na briga pelas primeiras colocações, enquanto o Flamengo estacionou nos 23 pontos, mais perto da zona de rebaixamento do que na faixa de classificação à Libertadores. Os dois times voltam a jogar às 22 horas (de Brasília) de quarta-feira, na ida das oitavas de final da Copa do Brasil: o Verdão recebe o Cruzeiro no Palestra Itália enquanto o Rubro-Negro encara o Vasco em clássico no Maracanã.

Pelo Brasileiro, o segundo turno começa para o Palmeiras às 18h30 do próximo domingo, em visita ao Atlético-MG, no Independência, em Belo Horizonte. Também no próximo domingo, o Flamengo recebe o São Paulo, no Maracanã.

O jogo

O Palmeiras entrou em campo mostrando disposição, sem medo de dividir e até cometer faltas para ficar com a bola. Marcelo Oliveira manteve a confiança em Alecsandro como referência e arriscou mais dinâmica com Andrei Girotto formando a dupla de volantes com Arouca, adiantando Robinho para a linha de armação. Na zaga, Leandro Almeida, enfim, foi trocado por Jackson após acumular más atuações.

Mas quem fez mesmo a diferença a favor do Verdão foi a vontade, sem deixar o Flamengo se assentar em campo. Assim, aos cinco minutos, Zé Roberto, substituto do suspenso Egídio na lateral esquerda, cobrou escanteio para Jackson aparecer completamente livre, cabeceando com força nas redes do goleiro César.

O palmeirense festejou, para depois sofrer. O Flamengo tinha posse de bola e ocupava o campo adversário como queria. Antes mesmo de o placar ser aberto, o árbitro Igor Junio Benevenuto virou alvo de reclamações ao não marcar pênalti em carrinho de Andrei sobre Pará, aos três minutos.

Sem se intimidar com a desvantagem no marcador, e melhor organizado em seu 4-3-3, o time carioca tinha Jackson como aliado, já que Jackson não conseguiu vencer nenhuma disputa com Guerrero. Aos 16, o zagueiro fez pior: acabou ajeitando de peito, dentro da área, para o centroavante driblar Prass e cair após o goleiro aplicar um carrinho. O peruano se indignou, pedindo mais um pênalti para o Rubro-Negro.

O Palmeiras não sabia o que fazer. Robinho errava sempre que pegava na bola e Alecsandro não conseguiu acertar nem sua movimentação. O último lance de perigo do time no primeiro tempo ocorreu aos 17 minutos, quando Zé Roberto cruzou para Rafael Marques cabecear rente à trave.

Do outro lado, até Márcio Araújo abandonava a cabeça de área para ocupar espaços na frente. Prass segurou chute de Jonas, aos 18, e fez milagre aos 21, espalmando cabeçada firme de Guerrero, no chão. Parecia um treino de ataque contra defesa, com Jackson cometendo falhas em todas as vezes que precisou disputar com Guerrero.

Na volta do intervalo, Lucas, do Palmeiras, e Jonas, do Flamengo, sofreram com mal estar diante do clima seco na manhã deste domingo em São Paulo e saíram. Marcelo Oliveira foi conservador, mantendo a estrutura que não dava certo, apenas colocando o também lateral Taylor. Já Cristóvão Borges ousou, apostando no meia Ederson. Assim, virou o jogo.

O Verdão retornou pior do que estava, sem conseguir marcar um atleta a mais. Enfim, pagou pela má atuação aos cinco minutos, quando Sheik tocou entre as pernas de Taylor e Ederson limpou Jackson como quis antes de finalizar. A bola ainda desviou em Vitor Hugo, tirando Fernando Prass da jogada e balançando as redes.

Perdido, o Palmeiras viu Sheik acertar a trave após cruzamento de Pará, aos nove. Aos 11, não teve jeito: Alan Patrick cruzou na cabeça de Ederson, que sentenciou a virada. Não tinha mais jeito, Marcelo Oliveira precisava dar alguma ofensividade à equipe, e prontamente trocou o inútil Robinho por Cleiton Xavier, e teve sorte.

Em seu primeiro lance, Cleiton cabeceou a bola após bate-rebate na grande área e a finalização desviou no peito de Samir, que tirou o goleiro César da jogada, empatou fazendo gol contra e recolocou o Palmeiras no jogo, aos 12 minutos. A torcida, que já xingava a equipe, voltou a ser de intenso apoio, acordando o time.

Cleiton Xavier, que havia acabado de entrar, esteve no lance que garantiu o empate ao Palmeiras
Cleiton Xavier, que havia acabado de entrar, esteve no lance que garantiu o empate ao Palmeiras
Foto: Marcello Zambrana / Gazeta Press

Quando Cristaldo já estava pronto para entrar, Alecsandro e Dudu resolveram decidir o jogo. Aos 20, Alecsandro recebeu de Zé Roberto e fez o pivô com perfeição, deixando de primeira para Dudu aparecer na frente de César e virar a partida. Aos 25, Dudu aproveitou confusão da defesa flamenguista e ajeitou para Alecsandro chegar de trás fazendo 4 a 2, logo após a parada para hidratação dos jogadores.

Cristaldo já tinha voltado a se aquecer quando o quarto gol saiu. A torcida também já tinha parado de pedir sua entrada e o argentino terminou o jogo no banco. Quando Dudu e Alecsandro acordaram, superaram a atuação pouco convincente do time para bater o Flamengo e devolver a paz ao Verdão. Como mostrou a torcida, cantando “olé” nos últimos minutos.

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