POLÍTICA INTERNACIONAL

Parlamento da África do Sul rejeita impeachment do presidente Zuma.

Foram 233 votos contrários à destituição de Jacob Zuma e 143 a favor.

Em 05/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Parlamento da África do Sul rejeitou nesta terça-feira (5) um pedido de impeachment contra o presidente Jacob Zuma, acusado de ter ferido a constituição ao não devolver dinheiro público que teria sido gasto na reforma de sua casa.

O presidente tem o apoio do Congresso Nacional Africano (ANC), que forma quase dois terços da assembleia. Foram 233 votos contra o impeachment e 143 a favor. Zuma não compareceu ao local durante a votação.

O Tribunal Constitucional da África do Sul decidiu na quinta-feira que Zuma feriu a Constituição ao ignorar as ordens de pagar de volta parte dos US$ 16 milhões em recursos públicos gastos na reforma da sua residência em Nkandla. Desde então,, líderes de partidos da oposição e até mesmo um ativista anti-apartheid preso ao lado de Nelson Mandela pediram sua renúncia.

Ecoando pedidos semelhantes de partidos de oposição, Ahmed Kathrada disse em uma carta publicada no sábado (2) que a renúncia de Zuma daria ao governo do país a chance de se recuperar de "uma crise de confiança".

Mmusi Maimane, líder do partido de oposição Aliança Democrática, apresentou o pedido de impeachment de Zuma, e Baleka disse aos repórteres que "o debate sobre esse assunto foi agendado para terça-feira à tarde".

Em um discurso televisionado para o país na noite de sexta-feira, Zuma, de 73 anos, pediu desculpas e disse que pagaria parte do dinheiro, conforme ordenado, e que ele nunca conscientemente ou deliberadamente quis violar a Constituição. Ele não comentou os pedidos de renúncia.

A presidência justificou como obras destinadas a garantir a segurança do líder - e portanto a cargo do contribuinte - a construção em sua residência de Nkandla de um estábulo para vacas, um curral para frangos, uma piscina e um anfiteatro, segundo o relatório que publicou a Defensora do Povo, Thuli Madonsela, em 2014.

Jacob Zuma chegou em 2009 à presidência da África do Sul, depois que a Justiça retirou mais de 700 acusações por corrupção que pesavam contra ele, segundo a agência Efe.

Zuma, de 73 anos, revalidou em 2014 o cargo com maioria absoluta, apesar das várias acusações de corrupção contra ele e sua administração.

Fonte: G1