POLICIA

Passageiros denunciam assaltos frequentes em ônibus

Usuários reclamam de assaltos frequentes na linha 588

Em 13/07/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A linha 588, que vai do Terminal de Itaparica, em Vila Velha, até o Terminal de Campo Grande, em Cariacica, tem sido alvo frequente de assaltos, nos últimos meses. Muitos usuários disseram que passaram a andar com qualquer objeto de valor, por medo de ser vítima do crime.

A Polícia Militar disse que tem feito ações de patrulhamento em Cariacica, abordando suspeitos, táxis e ônibus.

As histórias de insegurança já começam no ponto do ônibus, em Cariacica. O aposentado Admilson Toledo presenciou dois assaltos no 588, sendo que o último foi há dois meses.

“O cara pulou a roleta, segurou o motorista e disse para parar o ônibus. Ele catou o cobrador e o celular da galera. Dali a 15 dias, três malandros entraram no ônibus, catou o motorista e o celular do pessoal”, contou.

Dentro do coletivo, o que era pra ser uma viagem tranquila de volta para casa, muitas vezes, acaba não sendo. “Eu entro nesse ônibus com medo. É apavorante”, falou uma passageira.

O medo atinge não só quem depende do transporte para chegar em casa, mas também quem trabalha na linha. “Está tendo assalto demais. Inclusive, nos últimos horários está sendo complicado trabalhar. De lá para cá, daqui para lá tem muito assalto”, disse o motorista Adenilson Ferreira.

Na última sexta-feira (7), aconteceram três assaltos, em três ônibus dessa mesma linha, todos no período da noite.

Thiago Possatti era o trocador de um dos coletivos assaltados na sexta-feira. “Anunciaram o assalto, vieram com a arma em punho, roubaram os passageiros e desceram. Transporte coletivo está sendo caixa eletrônico para vagabundo”, declarou.

Durante a viagem no 588, vários passageiros contaram que foram assaltados na última semana. A professora de educação física Aline Ribeiro foi uma das vítimas.

“Eles entraram no terminal, como todo mundo, e foram. Quando chegou, mais ou menos no Vale Encantado, eles anunciaram o assalto. Eles estavam em três, dois estavam aqui atrás e o outro, no fundo. Pediram celular de todo mundo, mas levou bolsa de duas meninas também”, disse.

A viagem no coletivo que liga o Terminal de Campo Grande ao de Itaparica dura, em média, 40 minutos, passando por vários bairros, avenidas desertas, com áreas de mata e pouca iluminação.

“É desgastante, é triste. A gente fica em choque, porque trabalha, trabalha para ter as coisas e não consegue. O medo de eles partirem para a violência é muito grande também. Graças a Deus, eles não atiraram em ninguém, mas não é sempre assim”, afirmou Aline.

(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)