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Pedido de silêncio no entorno do Sambódromo gera estranheza.

Local será palco de competições de tiro com arco e prova da maratona.

Em 03/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Na Avenida Marquês de Sapucaí, no Centro do Rio, é tempo de trocar a fantasia e os carros alegóricos do tradicional desfile das escolas de samba do carnaval carioca, pelas estruturas olímpicas para a disputa de duas modalidades: tiro com arco e a maratona. Faixas espalhadas pela Avenida Frei Caneca e Rua do Catumbi, nas imediaçōes da dispersão das escolas de samba, pedem silêncio para não atrapalhar as competições. Para os vizinhos da Sapucaí acostumados com o barulho e agitação do samba, a mudança de cenário está causando estranheza e curiosidade.

A comerciante Raquel Andrade acredita que o apelo deve ser para não atrapalhar os atletas do tiro. "Ninguém veio falar com a gente, mas vi na televisão que no teste que teve aqui tinha muito barulho. Deve ser por isso".

No entanto, ela não sabe como o silêncio será cumprido. "Aqui passa muito ônibus, carros e todo mundo buzina e dá freada alta. Estamos achando que eles vão interditar ainda mais as ruas para conseguir silêncio", opinou. 

Raquel é filha de Mary Silva, uma maranhense dona de dois sobrados que ficam em frente à Praça da Apoteose. O local é famoso pela organização de camarote popular durante o carnaval. Elas recebem convidados e preparam uma festa com convidados durante os dias de desfile.

Para os dias das competições olímpicas ela explicou que ainda não pensaram em nenhuma programação especial.

A única alteração na fachada foi a retirada da faixa que, segundo Raquel, tinha outro patrocinador.

A vista da varanda é privilegiada e deve ser usada pela família. " Vamos ver se a gente se anima na última hora", disse ao G1.

Segundo Raquel, além do pedido de silêncio os moradores do entorno do sambódromo também acompanham com curiosidade o esquema de segurança montado para a entrada de equipamentos dentro da Marques de Sapucaí.

"Nenhum carro entra sem ser vistoriado. Eles entram armados dentro dos caminhões e colocam espelhos debaixo dos carros procurando alguma coisa", contou o funcionário de uma barbearia.   

Além disso, outra mudança na rotina dos moradores foi a reserva de vagas na Rua do Catumbi e fechamento de alguns acessos e linhas de ônibus." A gente entende que é para a organização, para tudo funcionar e logo depois volta tudo ao normal" disse Raquel.

g1/Rio de Janeiro