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Pentágono descarta cancelar exercícios militares de Seul

As declarações de Brooks foram feitas na véspera da chegada a Seul.

Em 27/06/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O general das forças dos Estados Unidos na Coreia do Sul, Vincente Brooks, descartou nesta quarta-feira que todos os exercícios militares realizados por Seul e Washington vão ser suspensos depois que as manobras previstas para agosto foram canceladas para facilitar o diálogo com Pyongyang.

"Não acredito que este seja o final de todos os exercícios de treino, mas estes exercícios muito visíveis podem causar mal-estar em um momento no qual cimentar a confiança (mútua) é tão importante", disse o general durante um ato em Seul.

As declarações de Brooks foram feitas na véspera da chegada a Seul do secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, que se reunirá com seu colega sul-coreano, Song Young-moo, para tratar o atual panorama militar na península após a cúpula de Singapura.

Em 19 de junho, os aliados anunciaram que as manobras anuais da Coreia do Sul e dos EUA Ulchi Freedom Guardian, que normalmente acontecem em agosto, foram suspensas temporariamente para facilitar o atual diálogo com o regime norte-coreano e sua eventual desnuclearização.

A suspensão dos exercícios foi anunciada inicialmente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, após a histórica cúpula realizada em Singapura com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, na qual acordaram que Pyongyang abandonaria seu programa nuclear em troca de Washington garantir a segurança do regime.

A decisão, no entanto, suscitou especulações sobre o futuro da aliança militar e a capacidade de preparação das forças combinadas, assim como a própria continuidade de tropas dos EUA em solo sul-coreano, sem que o regime tenha mostrado ainda um verdadeiro compromisso para a desnuclearização.

"Não devemos evitar a realidade de que suas capacidades físicas seguem aí. Não vimos a destruição de mísseis, não vimos a destruição de sistemas de armas nucleares", especificou Brooks em declarações divulgadas pela agência "Yonhap".

No entanto, o general lembrou que tanto Seul como Washington insistiram que não haverá redução de tropas (cerca de 28,5 mil soldados) em solo sul-coreano por enquanto.