ECONOMIA NACIONAL

Petrobras estuda alteração das regras de distribuição de dividendos

O endividamento total atingiu R$ 361,483 bilhões.

Em 15/03/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Petrobras pretende alterar a forma de distribuição de resultados aos acionistas. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, 15, junto com o balanço do quarto trimestre, a companhia diz que o conselho de administração determinou a realização de estudos para alterações no estatuto social na cláusula de destinação dos resultados, “com o objetivo de estabelecer pagamentos trimestrais de Dividendos ou de Juros sobre Capital Próprio, bem como possibilitar o pagamento de dividendos intermediários à conta da reserva de lucros, observadas as disposições legais aplicáveis.”

No demonstrativo de resultados apresentado não há menção a distribuição de proventos aos acionistas.

O resultado do estudo, se aprovado pelo colegiado, será então encaminhado para deliberação em assembleia geral de acionistas.

“Essa iniciativa reafirma o compromisso da Petrobras com a contínua melhoria de sua governança corporativa e com a criação de valor para os seus acionistas, sem perder o foco no objetivo de redução de endividamento e na sustentabilidade financeira da companhia”, diz o comunicado.

Alavancagem

A alavancagem da Petrobras medida pela relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido encerrou 2017 em 51%, abaixo da marca de 55% verificada ao término de 2016.

A relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado subiu para 3,67 vezes, após ter atingido 3,16 em final de setembro e ante 3,54 vezes ao término de 2016.

O endividamento total, somando o de curto prazo e o de longo prazo, atingiu R$ 361,483 bilhões, com recuo de 6% ante o montante observado em dezembro de 2016. O endividamento de curto prazo recuou 27% de 2016 para 2017, de R$ 31,855 bilhões para R$ 23,244 bilhões. A dívida de longo prazo recuou 4% no mesmo intervalo, de R$ 353,929 bilhões para R$ 338,239 bilhões. O endividamento líquido da petroleira atingiu R$ 280,752 bilhões, com queda de 11%.

Por tipo de moeda, o endividamento em Reais cedeu 10% no ano, de R$ 78,788 bilhões para R$ 71,129 bilhões. Em dólar, a baixa foi de 5%, de R$ 276,876 bilhões para R$ 263,614 bilhões. No caso do euro, o recuo da dívida foi de 18%, de R$ 21,637 bilhões para R$ 17,773 bilhões.