POLICIA

PF cumpre mandados na sede da OSX em nova fase da Operação Lava Jato.

Agentes deixaram o local às 10h carregando pastas e envelopes.

Em 22/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Polícia Federal e a Receita Federal cumpriam, desde às 5h30 desta quinta-feira (22), mandados de busca e apreensão na sede da petroleira e construtora naval do empresário Eike Batista, a OSX, que fica no décimo andar de um prédio no Centro do Rio de Janeiro. A ação intitulada "Operação Arquivo X" faz parte da 34ª fase da Operação Lava Jato.

Em torno de 10h os agentes saíram da empresa carregando pastas e envelopes, mas não falaram com a imprensa. No local, ninguém foi detido ou conduzido coercitivamente. No entanto, o ex-CEO da OSX, Luiz Eduardo Carneiro, foi preso nesta manhã e chegou à sede da PF no Centro da cidade às 9h40.

Estão previstos, ao todo, na cidade do Rio de Janeiro, 13 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão temporária e cinco mandados de condução coercitiva.

Operação X
Segundo a PF, o nome dado à investigação policial "é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do 'X' nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial".

Nesta fase da operação são investigados fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de 02 plataformas (P-67 e P70) para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas FSPO´s (Floating Storage Offloanding), informou a Polícia Federal, em nota.

As investigações apontaram que em 2012, a OSX e a Mendes Júnior Trading e Engenharia fecharam um contrato de 922 milhões de dólares com a Petrobras, apesar de "pouca experiência nessa área", segundo os investigadores, que apontaram ainda que as empresas teriam conseguido esses contratos mediante pagamento de propinas.

“O que podemos dizer sobre Eike Batista é que ele compareceu espontaneamente à procuradoria da República, prestou depoimento e apresentou provas, os contratos. Ele é conduzido [na investigação] como testemunha, ele não é colaborador”, esclareceu Carlos Fernando dos Santos, procurador da República, em coletiva em Curitiba, no Paraná.

g1/Rio de Janeiro