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PF investiga repasse de propina a diretores e ex-diretores do BRB

Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão.

Em 29/01/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

José Cruz/Agencia Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná denunciou ontem (28) à Justiça o ex-governador do estado Beto Richa e mais 32 investigados pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa na concessão de rodovias estaduais, na 58ª fase da Operação Lava Jato.

Governador do Paraná, Beto Richa, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça de Luiz Edson Fachin, indicado pela presidenta Dilma Rousseff para ministro do STF (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ex-governador do Paraná Beto Richa - Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil
 

Richa está preso desde a última sexta-feira (25), quando a operação foi deflagrada. Ele está custodiado em um quartel da Polícia Militar em Curitiba.

De acordo com o MPF, o suposto esquema criminoso, que perdurou por cerca de 20 anos, durante vários governos, desviou R$ 8,4 bilhões por meio de recursos arrecadados com o reajuste da tarifa de pedágio do Anel de Integração do Paraná, malha de rodovias do estado, além de obras e concessões, em troca de vantagens indevidas.

Foram denunciados o ex-governador, acusado do recebimento de R$ 2,7 milhões em propina, empresários e um ex-diretor da empresa estadual de logística.

A defesa de Richa alega que os fatos apresentados pelos procuradores da República foram devidamente esclarecidos, “não restando qualquer dúvida quanto à regularidade de todas as condutas praticadas."

Em setembro do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu liberdade ao ex-governador. No entendimento dos advogados, o novo decreto de prisão desrespeitou a decisão do ministro.

O que diz o governo do Espirito Santo

Nota à imprensa:

A respeito da operação deflagrada pela Polícia Federal, envolvendo o presidente do Banestes, Vasco Cunha   Gonçalves, por atos que teriam sido cometidos em sua gestão no BRB, o Governo do Estado esclarece:

1-O nome de Vasco Cunha Gonçalves foi aprovado pelo Banco Central, que promove rigorosa análise dos currículos dos indicados para bancos públicos.

2-A operação estava em segredo de Justiça e o Governo foi, assim, surpreendido pelos fatos.

3-Como determina o estatuto do Banestes, seu Conselho Administrativo se reunirá hoje, até o final da tarde, para escolher, entre os atuais diretores, quem assumirá interinamente a presidência, até que o novo presidente seja escolhido e nomeado.

O que diz o Conselho Administrativo do Banestes

O Conselho Administrativo do Banestes acabou de escolher Silvio Grilo, atual diretor de Tecnologia do banco, para assumir a presidência em substituição a Vasco Cunha Gonçalves. Auditor Externo do Tribunal de Contas do ES, ele ficará no cargo até que o novo presidente seja escolhido e nomeado. Agência Brasil.

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