NEGÓCIOS

Plantação de pinheiros para extrair resina vira alternativa no ES

Cultivo de pinus, se tornou opção para diversificar a produção de fazendas.

Em 30/07/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Agricultores de Venda Nova do Imigrante, na região Serrana do Espírito Santo, têm investido no cultivo de pinus, uma espécie de pinheiro, para diversificar a produção. Antes usado somente na indústria madeireira, agora é possível extrair uma resina que serve para fabricar alimentos, papel e cosméticos.

O produtor Pedro Burnier disse que há cinco anos começou a investir na extração de resina, que se tornou sua principal fonte de renda. "Comecei o plantio para a produção de madeira, porém passei a investir na atividade de resina faz cinco anos. Hoje é a minha principal renda e está evoluindo cada vez mais, por conta das parcerias rurais", contou.

O processo de produção do material é da seguinte forma:

  1. Talho na árvore de 15 em 15 dias;
  2. Colheita feita na mão;
  3. Material depositado em um barril, com aproximadamente 200kg.

A goma resina que sai da árvore dá origem a dois produtos diferentes: o breu e a terembetina. O breu é a parte sólida usada para produção de tintas e borrachas. Já a terembetina é a parte líquida, para a produção de desinfetantes, desodorantes e pomadas.

Lucro

A utilização da técnica correta aliada ao material adequado aumenta a produção e lucratividade do produtor. ''Estamos recomendando o espaçamento de 4 metros entre linha, por 2 e meio entre árvores. Isto dá densidade de 1000 plantas por hectáres. Quando há uma menor competição por espaço a ávore cresce menos em altura e mais em diametro, o que quanto mais rápido acelera a atividade de resinagem", informou o pesquisador do Incaper Thiago de Oliveira.

Preocupado em diversificar culturas e ocupar áreas oceosas, o governo do Espírito Santo criou em 2016 o programa 'Pró Resina', para incentivar o cultivo do pinus no estado.

''Nós sabemos que o estado tem a área de cafeicultura muito bem desenvolvida, de eucalipto, mas carecemos de desenvolver outras atividades", destacou o coordenador do programa, Pedro Carvalho.

Além disso, segundo o produtor Sávio, de Conceição do Castelo, uma nova espécie de pinus se mostrou mais rentável.

"O pinus ellioti tem se mostrado uma grande alternativa. Daqui já sairam 10 mil mudas da árvore. As sementes são melhores do que as que estão no mercado resinando e a produtividade é 50% maior", concluiu.

(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)