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Polícia divulga foto do principal suspeito de ter atacado boate na Turquia.

Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque que deixou 39 mortos.

Em 03/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A polícia turca divulgou a foto do principal suspeito de ter atacado a boate Reina, em Istambul, na madrugada de domingo (1º). O atirador matou 39 pessoas e deixou outras 69 feridas durante a festa de Réveillon. Na segunda-feira (2), o Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque.

A imagem mostra o suposto autor do massacre na Praça Taksim, segundo a Associated Press. Não ficou claro, no entanto, se o registro foi feito antes ou depois do ataque à discoteca. A identidade não foi divulgada.

A polícia antiterrorista de Istambul, que iniciou uma verdadeira caçada ao agressor foragido, deteve na segunda oito pessoas suspeitas de terem vínculos com o ataque, segundo a agência Dogan.

“Espero que [o suspeito] seja capturado rapidamente", declarou o ministro do Interior, Suleyman Soylu, que acrescentou que "o perigo continua".

Custódia

Familiares do suposto autor do atentado estão sob custódia das autoridades turcas, de acordo com a Efe. A polícia não divulgou a identidade deles.

Segundo o jornal "Hurriyet", as investigações apontam que o terrorista veio da Síria para a Turquia, se estabelecendo em novembro de 2016 na cidade de Konya, no centro do país. Ele estava acompanhado de sua mulher e de dois filhos.

Ataque

Os tiros começaram por volta da 1h30 da madrugada de domingo na Turquia (20h30 de sábado em Brasília), enquanto ao menos 700 de pessoas estavam no estabelecimento.

A emissora NTV noticiou que o atirador havia disparado entre 120 e 180 vezes durante sete minutos provocando o pânico, fazendo com que algumas pessoas se jogassem nas geladas águas do Estreito de Bósforo para escapar do massacre, de acordo com a France Presse.

Vítimas

Pelo menos a metade dos mortos seria de origem estrangeira: um cidadão belga-turco, uma israelense, três jordanianos, três libaneses, vários sauditas, um líbio, dois indianos, dois marroquinos, uma franco-tunisiana e um tunisiano. Já entre os feridos estariam pelo menos quatro franceses e outros quatro marroquinos.

Ano violento

A Turquia se despediu de forma violenta do ano de 2016, marcado por uma onda de atentados atribuídos ao Estado Islâmico e aos rebeldes curdos, um golpe de Estado fracassado, as consequências da repressão do governo e o envio de tropas ao norte da Síria.

O ataque suscitou uma onda de indignação no mundo. Washington, Moscou, Paris e Berlim, assim como o Papa Francisco, o condenaram firmemente.

Apesar do massacre, a Turquia se mantém decidida a prosseguir com sua ofensiva contra o terrorismo no norte da Síria, segundo declarou um porta-voz de Ancara, Numan Kurtulmus, segundo a France Presse.

Fonte: g1