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Polícia chinesa prende 13 e tenta pôr fim a protestos em aldeia rebelde.

Moradores protestaram contra prisão de prefeito Lin Zuluan.

Em 13/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A polícia chinesa prendeu 13 pessoas depois de invadirem casas e utilizaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para acabar com manifestações em Wukan, no sul do país, conhecida como "aldeia rebelde" e cujos cidadãos protestam pela prisão de seu prefeito.

"Cai Jialin, Zhang Xiangken, Yang Jinzhen e outras dez pessoas de Wukan não pararam de inventar rumores, insultos e forçando os cidadãos a se concentrarem ilegalmente para perturbar a ordem pública (...) Pelo bem dos cidadãos, a polícia efetuou as prisões", informou a Secretaria de Segurança Pública de Lufeng.

Por outro lado, os moradores de Wukan denunciam que centenas de policiais invadiram suas casas de madrugada, detiveram várias pessoas e utilizaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para tentar terminar com os protestos pela prisão do prefeito Lin Zuluan, de 70 anos.

Lin, que foi condenado a 37 meses de prisão na última quinta-feira acusado de aceitar subornos, foi um dos líderes das revoltas contra a corrupção de Wukan há cinco anos, que transformaram a esta vila de pescadores na "aldeia rebelde" da China.

Sua detenção, em junho, aconteceu quando organizava uma manifestação em massa pelos problemas agrários em Wukan, sua prisão provocou meses de protestos para pedir sua liberdade.

Imagens obtidas pelo jornal "South China Morning Post", de Hong Kong, mostram cidadãos feridos pelo impacto das balas e restos dos dispositivos usados para lançar gás lacrimogêneo espalhados pelo chão.

Em alguns vídeos divulgados pelo jornal, alguns moradores também são vistos atirando pedras contra a polícia. O jornal indica que a cidade está agora controlada pelas autoridades e que todos que entravam e saíam da região devem passar pelos controlos de segurança.

A polícia de Lufeng afirmou nesta terça-feira (13) em sua conta oficial no Weibo, o Twitter chinês, que vai punir quem publicar "informações falsas" sobre os acontecimentos em Wukan.

Fonte: EFE