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Polícia de SP usa cães farejadores em buscas por médico do ES

Família informou que não recebeu nenhuma informação.

Em 09/12/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Polícia Civil de São Paulo utilizou cães farejadores para tentar encontrar pistas do médico Roberto Gomes, desaparecido durante uma viagem à capital paulista. Segundo a polícia, a investigação com os cães foi feita na noite desta segunda-feira (8), mas não foi informado a que ponto os animais chegaram ou se encontraram algum sinal. OG1 também entrou em contato com o setor de videomonitoramento do metrô, mas as imagens só podem ser fornecidas à polícia. O genro do oncologista, Vitor Burgo, falou que a família não recebeu nenhuma informação.

Roberto viajou de Vitória para São Paulo na quarta-feira (26) para participar do lançamento da segunda edição de um livro do qual ele é coautor. O evento aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo. Na ocasião, ele deu entrevista para a TV Assembleia sobre câncer de mama. Na sexta-feira, Roberto ligou para a mulher e disse que a passagem de volta para Vitória era sábado (29) à noite, mas que ele anteciparia para sábado de manhã, desde então, ele nunca mais manteve contato.

De acordo com a polícia, a utilização de cães farejadores em investigações acontece em outros casos e não significa que há qualquer fato novo. A polícia informou que não vai fornecer qualquer informação sem que algo concreto seja concluído a partir disso.

Pacientes
Os pacientes do oncologista Roberto Gomes passaram a ser atendidos pelo cirurgião oncológico Leonardo Orletti, que trabalha na mesma clínica que o médico desaparecido. “É muito triste essa situação, ter um colega que há muito tempo acompanho, e saber que ele está perdido. A princípio, não sabemos o que aconteceu”, disse o cirurgião.

Orletti contou que esteve com Roberto cerca de duas semanas antes do desaparecimento e que ele não aparentava qualquer alteração na saúde. “A princípio, ele não apresentava nenhuma alteração de comportamento, nenhuma queixa específica, nenhum problema de saúde que eu pudesse ter percebido. Eu desconheço qualquer alteração nesse sentido”, falou.

Estatística
O substituto da Delegacia de Pessoas Desaparecidas (DPD) do Espírito Santo, Eduardo Passamani, disse que a família precisa continuar com esperança. “Pela prática que a gente tem aqui, o tempo não necessariamente significa morte. Muito pelo contrário. No óbito, é encontrado muito rápido”, disse.

Segundo Passamani, o número de óbitos em relação à quantidade de desaparecidos é baixo. “De 894 casos de desaparecimento registrados esse ano, somente 18 foram de óbito. A gente vê que a estatística de óbito, no caso de desaparecimento, é muito pequena”, destacou.

Fonte: G1-Espírito Santo