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Polícia investiga responsabilidade sobre a explosão no Rio.

Prefeitura faz remoção de escombros de prédio da Fazenda Botafogo.

Em 06/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O delegado Fábio Pacífico, da 40ª DP (Honório Gurgel), abriu uma investigação para apurar a responsabilidade individual e penal pelo vazamento de gás que causou uma explosão que destruiu o primeiro andar de um prédio de 40 apartamentos na Fazenda Botafogo, em Coelho Neto, no Subúrbio do Rio, na madrugada de terça-feira (5). A explosão deixou nove feridos e cinco mortos — a maioria será enterrada nesta quarta-feira, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte da cidade.

O delegado disse nesta quarta-feira (6), que a informação de que gases formados a partir do acúmulo de esgoto num bolsão embaixo do prédio também está sendo investigada. Em incidentes como esse, segundo Pacífico, é o perito quem consegue detectar o que causou o problema. Moradores contaram que acordaram com esgoto dentro de casa.

“A gente busca a responsabilidade individual, a responsabilidade penal, porque o dever de indenizar é objetivo. A Polícia Civil trabalha em cima de provas técnicas. Então, precisamos do laudo da perícia para conjugar com os depoimentos que vamos colher para chegar a alguma conclusão. Vamos contatar os moradores, um de cada vez, para que nos contem o que aconteceu, antes e durante a explosão”, disse o delegado.

Dois moradores de prédios vizinhos já foram ouvidos, mas segundo o delegado, os depoimentos não foram muito precisos, já que eles não viram a explosão.

O laudo pode ficar pronto em até 30 dias. Técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) estiveram no prédio na Fazenda Botafogo na terça-feira (5) e fizeram uma perícia em todo o espaço destruído pela explosão.

Funcionários da Prefeitura do Rio passaram a noite de terça-feira e continuavam na manhã desta quarta retirando entulho e resto de móveis dos apartamentos destruídos.

A prefeitura contratou uma empresa para reconstruir o prédio. Os 40 apartamentos estão interditados e moradores só podem voltar para pegar alguns objetos. Foram oferecidos hotel e uma ajuda de custo de R$ 1 mil para quem não tem para onde ir, e depois a prefeitura vai buscar o reembolso da companhia de gás CEG. Durante a madrugada, uma empresa de segurança, também contratada pela Prefeitura, ficou no local da explosão para evitar saques.

Antes mesmo do laudo que aponte as causas da explosão, o Procon Carioca notificou a CEG e a multa pode passar dos R$ 9 milhões. A CEG tem cinco dias para apresentar uma defesa. A Agenersa, que regula as empresas de gás, também pode aplicar uma multa de R$ 3,5 milhões caso a CEG seja apontada como responsável pela explosão.

A diretora de gestão da CEG Cristiane Delarte disse que ainda não dá para fazer uma avaliação do que aconteceu. Segundo nela, ainda não há nada conclusivo, mas ela afirma que nas redes de distribuição de gás da CEG não há problemas e que foi feito uma verificação em dezembro de 2015 e nenhum vazamento foi constatado.

“A partir das redes nas tubulações para dentro dos apartamentos os testes ainda serão feitos. ", disse a diretora, que garantiu que todos os chamados de emergência - feitos quando o cliente está sem gás ou quando detecta vazamento - foram atendidos. "Todas as verificações foram feitas nas unidades reclamantes e não foi verificado nenhum problema crítico que justificasse, por exemplo, a interrupção do fornecimento. Os problemas identificados, de conexões e medidores, foram resolvidos no ato do atendimento".

 

Fonte:G1