NEGÓCIOS

Prejuízo da Gol em 2015 é o maior entre aéreas da América Latina e EUA.

Levantamento é da provedora de informações financeiras Economatica.

Em 30/03/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O prejuízo registrado pela Gol em 2015 foi o pior entre as companhias aéreas da América Latina e dos Estados Unidos que têm ações negóciadas em bolsas de valores. O levantamento é da provedora de informações financeira Economatica.

Em dólares, as perdas da Gol chegaram a US$ 1,14 bilhão. Na sequência, aparece a Latam (Lac Chile e TAM), com prejuízo de US$ 219,27 milhões. No ano passado, todas as outras que divulgaram seus balanços até agora tiveram lucro. O maior foi da American Airlines: US$ 7,61 bilhões. 

Em reais
A aérea Gol apurou prejuízo líquido de R$ 1,13 bilhão no quarto trimestre, aumento de 79% ante o resultado negativo de um ano antes, influenciado por menores receitas e maiores custos, o que a fez revisar projeção de corte na oferta em 2016.

Em 2015, a Gol teve prejuízo de R$ 4,29 bilhões, aumento de 284% sobre o resultado negativo de 2014, afetado pelo impacto da desvalorização do real e do bolívar venezuelano frente ao dólar nas despesas operacionais e sobre o saldo dos passivos financeiros.

De outubro a dezembro, a empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) de R$ 398,9 milhões, queda de 17,3% contra o mesmo trimestre um ano antes.

A receita operacional líquida totalizou R$ 2,65 bilhões no trimestre, baixa de 2,8% sobre os últimos três meses de 2014, resultado do menor volume de passageiros.

O resultado vem após uma queda de 8,8% na demanda total e recuo de 4,8% na oferta total de assentos da companhia no quarto trimestre, com baixa de 3,3 pontos percentuais na taxa de ocupação das aeronaves.

O yield, indicador que mede preços de passagens, subiu 4,5%.

Os custos e despesas operacionais avançaram 7,3% no quarto trimestre na comparação anual, a R$ 2,75 bilhões.

Projeções
Com isso, a Gol informou projeção de reduzir entre 15 e 18% o volume total de decolagens em 2016. A projeção anterior da empresa era reduzir de 4 a 6% o volume de decolagens nacional no primeiro semestre. A oferta total deve cair entre 5 e 8% no ano.

"Esta iniciativa tem como objetivo a adequação da companhia ao patamar atual de demanda do mercado, além de mitigar o impacto inflacionário de 10,7% e cambial de 47% em 2015 em nossos resultados", disse o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, no balanço da empresa.

Fonte: G1