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Pró-Matre, no ES, tem dívida de R$ 1,3 milhão e corre risco de fechar.

Segundo diretor, dinheiro repassado pelo governo não cobre as despesas.

Em 18/05/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

As dívidas da maternidade Pró-Matre, em Vitória, já chegam a R$ 1,3 milhão. Segundo o diretor do hospital, Hélcio Couto, o local corre o risco de fechar, porque o dinheiro recebido dos governos estadual e federal não é suficiente para pagar as despesas mensais, ou seja, os pagamentos de médicos, funcionários, insumos, materiais, entre outras.

“Em julho, termina contrato com o estado. Quando for renovado, esperamos que o governo aumente o valor do mesmo. Amanhã (dia 18) o conselho deliberativo da Pró-Matre vai se reunir. Temos uma dívida de R$ 1,3 milhão, porque os repasses federal e estadual não cobrem as despesas. Se não houver aumento no valor do contrato, a maternidade vai fechar”, alerta o diretor técnico da Pró-Matre, Hélcio Couto.

Segundo o diretor, hoje o hospital trabalha com um pouco mais de R$ 1 milhão para cobrir todas as despesas, e explicou que o valor ideal seria em torno de R$ 1,35 milhão.

“Com esse valor poderíamos cobrir nossas despesas e poderíamos parcelar a dívida. O valor do contrato atualmente é pequeno e o custo médico é caro. O governo estadual que regula esse contrato está nesse custo há 15 anos. Se aumentar o contrato dá para zerar essa divida”, afirma Couto.

Sem salário
Seja por dívidas, falta de profissionais ou pagamentos, a Pró-Matre  por diversas vezes teve suas atividades ameaçadas. O último problema que enfrentou foi em dezembro de 2015, quando a maternidade chegou a suspender o atendimento por falta de pagamento dos salários de médicos.

O atraso no repasse feito pelo governo federal foi o motivo na ocasião. Desta vez, mesmo com os médicos novamente com salários atrasados, Hélcio garante que as razões são outras.

“Os médicos estão com salários atrasados há dois meses. Mas os funcionários estão com o pagamento em dia, não tem nada faltando. Estamos devendo, mas os fornecedores continuam nos fornecendo os materiais que precisamos. O grande problema é que se as dívidas não estiverem pagas não poderemos renovar contrato. A lei diz isso”, pontuou.

Fonte: g1-ES