ECONOMIA NACIONAL

Produção de grãos deve crescer 1,9% em 2019, estima IBGE

Levantamento prevê safra de 230,7 milhões de toneladas.

Em 12/02/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Reprodução/TVCA

A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2019 deve chegar a 230,7 milhões de toneladas. Isso representa 4,2 milhões de toneladas a mais que a colheita do ano passado, uma alta de 1,9% no período. É o que aponta Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Se confirmada a projeção, será a segunda maior safra da série histórica do LSPA, iniciada em 1975. A maior colheita brasileira até então foi a de 2017, quando a produção agrícola no Brasil chegou a 238,4 milhões de toneladas.

A produção está distribuída da seguinte forma:

  • Centro-Oeste (101 milhões de toneladas) - 44,2%

  • Sul (77,5 milhões de toneladas) - 33,6%

  • Sudeste (23,1 milhões de toneladas) - 10%

  • Nordeste (18,9 milhões de toneladas) - 8,2%

  • Norte (9,3 milhões de toneladas) - 4%

De acordo com o gerente da pesquisa, Carlos Alfredo Guedes, o aumento da projeção se deve à expectativa da colheita de milho, que deve ser plantado mais cedo este ano. A área plantada de milho deve ser 3,6% maior que a do ano passado, elevando a produção em 9,9%.

“A soja foi plantada mais cedo ano passado, com isso teremos um período maior da chamada janela de plantio para o milho 2ª safra. Isso possibilita menor risco para o desenvolvimento das lavouras”, explicou o pesquisador.

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A projeção da safra, embora com crescimento na comparação com o que foi efetivamente colhido em 2018, caiu 1,2% em relação ao 3º prognóstico, divulgado em janeiro pelo IBGE. Segundo Guedes, essa queda se deve à menor produção de soja, impactada negativamente pela falta de chuva nas regiões produtoras

“A produção de soja caiu em aproximadamente 4 milhões de toneladas por causa dos problemas climáticos, sobretudo no Paraná e no Rio Grande do Sul. O Paraná, inclusive, deixou de ser o segundo estado mais produtor de soja do país, com o Rio Grande do Sul assumindo o seu lugar”, destacou o gerente da pesquisa.

Soja e milho representam 88,5% da produção agrícola brasileira. O arroz é o terceiro principal produto da safra nacional, mas responde por apenas 4,8% da produção.

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Enquanto a área do milho teve crescimento de 3,6% em relação a 2018, a de soja aumentou em 2% e a de arroz caiu 6,6%. Já na produção, enquanto o milho tende a ter aumento de 9,9% de sua colheita, soja e arroz devem ter quedas de, respectivamente, 2,6% e 5%.

Também devem registrar queda as lavouras de feijão (-1,5%) e café (-10,8%). “As condições climáticas devem ser menos favoráveis à soja, ao arroz e ao feijão neste ano. Já o café está na fase em que chamamos de ciclo bienal negativo, comum na cafeicultura brasileira. Ou seja, em um ano a produção está em alta, no ano seguinte, em baixa”, esclarece o gerente do levantamento.

O pesquisador chamou a atenção para o fato de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, já mostra o impacto da diminuição da safra de feijão. O preço médio do feijão carioca teve alta de 19,76% na passagem de dezembro para janeiro.

As principais quedas na safra de feijão aconteceram no Paraná, cuja estimativa de produção caiu 12,4%, e em Minas Gerais, que reduziu em 18,1% sua expectativa de colheita. Enquanto no estado do Sul a queda na produção do feijão é puxada pelas condições climáticas, devido ao forte calor e escassez de chuva, os produtores mineiros investiram pouco na produção devido aos preços pouco vantajosos na época de plantio.

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Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com participação de 26%, seguido pelo Paraná (16%) e Rio Grande do Sul (14,8%). Somados, esses três estados representaram 56,8% do total nacional.