ECONOMIA CAPIXABA

Produção industrial do ES registra queda de 1,9%

Apesar do dado negativo, Espírito Santo apresenta alta de 3,4% no acumulado do ano.

Em 12/07/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A produção industrial no Espírito Santo recuou 1,9% no mês de maio frente ao mês imediatamente anterior, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, o Espírito Santo é um dos quatro Estados, entre os 14 locais pesquisados, que apresentou retração na atividade da indústria na passagem de abril para maio.

A justificativa para o recuo, de acordo com o IBGE, é fruto do desempenho negativo do setor de metalurgia (-14,6%). “Especialmente pela queda na produção de tubos flexíveis e tubos trefilados de ferro e aço, bobinas a quente de aços ao carbono (não revestidas) e lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”, esclarece a publicação do instituto.

Mas apesar do dado mais recente ser negativo, no acumulado do ano – de janeiro a maio –, o Espírito Santo registra uma performance melhor do que a maioria dos entes da federação, com uma alta de 3,4%, variação que coloca a produção capixaba em terceiro lugar, atrás do Rio de Janeiro (4,6%) e de Santa Catarina (4,3%).

Conforme o IBGE, a principal contribuição positiva no acumulado do ano veio da atividade de indústrias extrativas (4,6%), impulsionada, principalmente, pelos itens minérios de ferro pelotizados ou sinterizados. Os demais resultados positivos vieram dos ramos de produtos alimentícios (8,2%), de celulose, papel e produtos de papel (4,9%) e de metalurgia (2,6%).

No comparativo de maio deste ano com maio de 2016, a produção física industrial do Espírito Santo também foi positiva, com variação de 1,2%. Entretanto, o Estado ainda amarga no acumulado de 12 meses retração de 9,3%, o pior número entre os locais pesquisados.

Nacional

No país, o ritmo da produção industrial registrou crescimento de 0,8%. Os avanços mais intensos assinalados foram no Ceará (5,9%), na Bahia (3,6%) e no Pará (3,1%). Houve crescimento também no Rio Grande do Sul (2,5%), São Paulo (2,5%), Santa Catarina (1,4%), Paraná (1,4%), Região Nordeste (1,3%), Goiás (0,8%) e Pernambuco (0,1%).

Na direção oposta, o Estado do Amazonas (-3,6%) apontou o resultado negativo mais acentuado, após a queda de 0,6% verificada no mês anterior. As demais taxas negativas foram assinaladas, além do Espírito Santo, por Rio de Janeiro (-1,6%) e Minas Gerais (-0,2%).

O IBGE ponderou que o resultado divulgado foi ajudado por um efeito calendário, uma vez que maio de 2017 teve um dia útil a mais do que maio do ano anterior.

(Foto: Carlos Alberto Silva/ A Gazeta)