Projetos econômicos devem sair do papel em 2018, no ES

Porto Central, Porto Imetame Aracruz e o Ramal Ferroviário Vitória x Rio de Janeiro. Projetos importantes para o desembaraço logístico e o desenvolvimento econômico capixaba devem sair do papel no decorrer de 2018, de acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Leonardo de Castro.

Na manhã desta quarta-feira (06), o presidente participou da última reunião do ano do Grupo Permanente de Acompanhamento Empresarial do Espírito Santo (GPAEES), que reuniu empresários, executivos e economistas no Sheraton Vitória Hotel. Durante sua palestra, Castro ressaltou a importância da indústria para o desenvolvimento econômico capixaba.

“A indústria é o setor que mais agrega valor ao desenvolvimento de uma sociedade, sendo responsável pelas maiores remunerações e por 2/3 dos investimentos em inovação no mundo. O Espírito Santo é o estado mais industrializado do Brasil, mas está estagnado em produtividade e precisamos mudar esse cenário”, pontuou.

O presidente da Findes adiantou que a licença que autoriza o início das obras do Porto Imetame Aracruz deve sair no primeiro trimestre de 2018. Além disso, há outros projetos como a viabilização do aeroporto de Linhares, a construção da fábrica de bio-óleo da Fibria, o projeto de lei Gás para Crescer, com diretrizes para adequar as atividades do setor de gás natural ao novo momento do mercado, e a retomada da Samarco, que deve reiniciar suas atividades até fevereiro.

Força do aço

A programação da reunião contou ainda com a palestra do chief financial officer (CFO) e head de Governança Riscos & Compliance da ArcelorMittal Brasil – segmento de Aços Planos e diretor da Fundação de Seguridade Social da empresa, Paulo Wanick, que apresentou os impactos econômicos da ArcelorMittal Tubarão no Espírito Santo.

Durante sua palestra, Wanick ressaltou os esforços de Tubarão para qualificar e fortalecer os fornecedores locais, já que a unidade é a maior produtora de aço bruto do país – respondendo por 22% da produção nacional. “De 2004 a 2016 a ArcelorMittal injetou mais de R$ 34 bilhões em compras de produtos e serviços na economia capixaba. E a tendência é que esse número cresça diante do potencial do Espírito Santo, que tem um nível de produtividade melhor do que a indústria do país”, pontuo.

Rafaela Thompson/ES de Fato