CIDADE

Protesto dos taxistas contra Uber complica trânsito no Recife.

Ato já toma quase toda extensão da Avenida Cruz Cabugá, área central.

Em 13/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O protesto dos taxistas de toda Região Metropolitana do Recife contra os serviços de transporte de passageiros que usam aplicativos de celular, como o Uber, já toma quase toda extensão da Avenida Cruz Cabuga, área central da capital pernambucana. Os veículos ocuparam as duas pistas da via, da sede da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) até a Câmara de Vereadores. Ao todo, são quase dois quilômetros e meio de engarrafamento.

Para os motoristas que precisam passar pela localidade, a CTTU está desviando o trânsito. Quem vai trafegar no sentido Centro, pegará o Cais do Apolo ou a Rua da Aurora como alternativa. Já quem vai para o subúrbio precisa seguir por Santo Amaro pela Rua 13 de Maio.

Equipes da Polícia Militar e agentes da CTTU acompanham o ato. Um grupo representando os taxistas do Grande Recife foi recebido no Ministério Público de Pernambuco, na mesma região. Os motoristas ainda pretendem finalizar o protesto no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.

Reivindicação
O Recife tem, atualmente, 6.125 táxis cadastrados na prefeitura. A categoria estima que existam três mil veículos operando com aplicativos ou sem permissão. O que os taxistas chamam de “clandestinos”. E justamente contra esse tipo de serviço que os legalizados pedem ação das autoridades.

“A Câmara de Vereadores do Recife já aprovou um projeto e o prefeito sancionou a lei que garante os direitos de taxistas. O problema é que o Uber e os outros serviços continuam funcionando”, afirmou  o presidente do Sindicato dos Taxistas de Pernambuco (Sinditáxi), Everaldo Menezes.

Na primeira parada do protesto, o Ministério Público, os taxistas entregarão um documento. Vão pedir a intervenção dos promotores para assegurar a intensificação da fiscalização nas ruas. “Vamos para o Palácio do governo por acreditar que o problema já é metropolitano. Não é mais uma questão municipal. O estado tem que agir”, ressaltou Menezes.

Segundo ele, desde a entrada do Uber e o reforço da atuação dos demais aplicativos, o faturamento dos taxistas vem caindo. “Acho que teve motorista que perdeu até 40%, em média”, acrescentou.

Resposta
Em nota, a CTTU informou que mantém constante fiscalização contra o transporte remunerado irregular de passageiros, seja por táxis de outros municípios, vans de transporte escolar irregulares ou até de carros particulares atuando como táxis. A companhia diz que a Lei Federal 12.468/2011 determina em seu artigo 2º que "É atividade exclusiva dos profissionais taxistas a utilização de veículo automotor, próprio ou de terceiros, para o transporte público individual remunerado de passageiros, cuja capacidade será de, no máximo, 7 (sete) passageiros".

A Companhia também informa que desde o começo do ano, 265 veículos foram notificados por cometer irregularidades relacionadas ao transporte remunerado irregular de passageiros.

Fonte: g1-PE