ECONOMIA NACIONAL

Queda na produção e no emprego dificulta a recuperação da indústria

Sondagem Industrial mostra que ociosidade continua elevada e estoques altos.

Em 24/10/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Divulgação

A produção e o emprego na indústria continuam em queda, o que confirma a dificuldade de recuperação do setor. O índice de evolução da produção foi de 47,2 pontos e o de nível de emprego ficou em 49,2 pontos em setembro, informa a Sondagem Industrial, divulgada nesta terça-feira, 23 de outubro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo de 50 pontos mostram queda na produção e no emprego.

De acordo com a pesquisa, a queda na produção no mês passado foi mais intensa do que a registrada em setembro de 2017, quando o indicador ficou em 48,1 pontos. Além disso, o índice de utilização da capacidade instalada caiu 1 ponto percentual  em relação a agosto e ficou em 68%, mostrando que a ociosidade no setor continua elevada. O índice de evolução dos estoques em relação ao planejado ficou em 51,2 pontos no mês passado. Como está acima dos 50 pontos, o indicador mostra que os estoques são superiores ao previsto pelas empresas.

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“A demanda fraca e a fragilidade financeira das empresas dificultam a recuperação da indústria”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo. “Há uma expectativa de melhora na demanda e nas exportações. Mas o otimismo é contido”, observa Azevedo. Conforme a Sondagem Industrial, os indicadores de expectativas caíram na comparação com setembro e estão abaixo dos registrados em outubro do ano passado. No entanto, com exceção do indicador de número de empregados, continuam acima dos 50 pontos, mostrando que os industriais esperam o aumento da demanda, das compras de matérias-primas e das exportações nos próximos seis meses. “Os empresários, que esperavam manutenção do emprego em setembro, passam a projetar queda para os próximos seis meses. O índice de expectativa de número de empregados caiu de 50 pontos para 49,1 pontos”, diz a pesquisa.

A disposição para investir continua baixa. O indicador de intenção de investimento para os próximos seis meses ficou em 50,9 pontos, praticamente o mesmo de setembro. Mas está 1,3 ponto acima do de outubro de 2017. A propensão para investir é maior nas grandes empresas, segmento em que o indicador alcança 59,3 pontos. Nas pequenas é de 39,7 pontos e, nas médias, de 45,6 pontos. O índice varia de zero a cem pontos. Quando maior o índice, maior a intenção de investir.

Problemas e situação financeira

A Sondagem Industrial mostra ainda que o alto custo da matéria-prima e o câmbio ganharam importância entre os principais problemas enfrentados pelos empresários no terceiro trimestre do ano. O alto custo da matéria-prima é o terceiro principal problema do setor, atrás da elevada carga tributária (42,7% das respostas) e da demanda interna insuficiente (30,6% das assinalações).

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Mas o número de citações para o elevado custo da matéria-prima subiu 1 ponto percentual em relação ao segundo trimestre. “Foi o quinto aumento consecutivo de assinalações neste item”, diz a Sondagem.  Antes dessa sequência de altas, o custo da matéria-prima ocupara o sétimo lugar na listra de problemas.

A taxa de câmbio, cujo número de menções subiu de 21,8% no segundo trimestre para 24,5% no terceiro trimestre, passou da quinta para a quarta colocação no ranking. No primeiro trimestre de 2018, a taxa de câmbio, com apenas 9,2% das respostas, era o 13º na lista de problemas.

Os empresários continuam insatisfeitos com a situação financeira e com o lucro das empresas. Mesmo com a melhora em relação ao segundo trimestre, os indicadores, que são superiores aos registrados no terceiro trimestre de 2017, continuam abaixo dos 50 pontos. Mostrando que as condições financeiras das empresas permanecem desfavoráveis.

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O índice de acesso ao crédito aumentou 1,3 ponto em relação ao segundo trimestre e ficou em 38,2 pontos, valor 2,7 pontos superior ao do terceiro trimestre de 2017. Mesmo assim, permanece abaixo dos 50 pontos, mostrando que o acesso ao crédito continua mais difícil que o normal, conclui a CNI.