TEMAS GERAIS

Representantes do Islã no Brasil reclamam de discriminação.

Líderes religiosos levaram queixas ao ministro Alexandre de Moraes.

Em 08/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Representantes do islamismo no Brasil se reuniram nesta segunda-feira  (8) com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para expressar sua preocupação com as suspeitas de terrorismo envolvendo supostos muçulmanos. Em julho, doze pessoas foram presas sob a suspeita de planejar ataques durante a Olimpíada do Rio.

De acordo com Ali Taha, vice presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas (UNI), os casos de discriminação e intimidação de muçulmanos no Brasil vêm aumentando desde a prisão de 12 suspeitos de planejar atentados durante a Rio 2016. Ainda segundo ele, uma estrangeira foi vítima de agressão no último sábado  (6), em Copacabana.

"Passamos ao ministro que a comunidade islâmica brasileira está preocupada com a repercussão das prisões de suspeitos de terrorismo, que às vezes são atribuídas a todos os muçulmanos", declarou Ali Taha, que aproveitou o encontro para presentear o ministro com uma cópia em português do Alcorão,  o livro sagrado do Islã.

Alexandre de Moraes destacou que o mais importante é não confundir o islamismo, que segundo ele já é a religião com o maior número de seguidores no mundo, com criminosos que cometem atos terroristas. Sobre os suspeitos de planejar ataques durante a Olimpíada, o ministro afirmou que foi decretada a prisão preventiva de 12 pessoas e a internação de um menor de idade, e que as provas contra o grupo estão sendo produzidas.

"Quero ressaltar aqui que a avaliação nossa e de diversas agências internacionais é de que a probabilidade de atentado é mínima. Mas seguimos trabalhando e monitorando qualquer informação que nos chega", disse Moraes, que também falou sobre os seguidos alarmes falsos de bombas no Rio.

"Nem toda mochila ou sacola que é abandonada em local público é detonada, mas nos casos em que houver o mínimo de dúvida os esquadrões antibomba devem atuar com o máximo de rigor", explicou.

Fonte: g1-RJ