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Resgatados pela Itália dizem que migrantes seguem desaparecidos.

Mais de 2 mil morreram ao tentar chegar à Europa de barco neste ano.

Em 12/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Mais de 50 imigrantes estão desaparecidos devido ao naufrágio de um grande bote inflável no mar Mediterrâneo, afirmaram nesta quarta-feira (12) equipes de resgate da Itália, enquanto mais de 1.500 pessoas foram resgatadas de outras embarcações nas últimas 24 horas.

O Mediterrâneo se tornou a zona de fronteira mais mortal para os imigrantes. Mais de 2.000 imigrantes e refugiados morreram até agora neste ano na tentativa de chegar à Europa por barco.

Em todo o ano passado, essa cifra chegou a 3.279 mortes, informou na semana passada a Organização Internacional de Migração.

Negócio milionário
A travessia do Mediterrâneo é feita em botes ou em embarcações superlotadas, sem os mínimos requisitos de segurança, por traficantes de pessoas. A viagem pode custar mais de R$ 10 mil por pessoa, o que torna o negócio altamente lucrativo – uma única embarcação pode render até US$ 1 milhão.

Sem garantia de sucesso no pedido de refúgio, muitos imigrantes não conseguem ficar no destino final e são mandados de volta ao país de origem. Mas dificilmente eles desistem e tentam duas, três, quatro vezes, até receberem o asilo oficial.

A carga mais pesada de refugiados recai nos países do sul da Europa, em particular Grécia e Itália, que não são exemplo de economias em bom momento. No entanto, segundo relatos de viajantes, a situação ainda é muito melhor que na África.

A Líbia é atualmente um dos principais portos de saída da África, pela proximidade e pelos conflitos recentes. A União Europeia estuda ações com os países vizinhos para bloquear as rotas utilizadas pelos migrantes.

Fundo
A Comissão Europeia aprovou nesta segunda a criação de um fundo de 2,4 bilhões de euros em ajuda, ao longo de seis anos, para países como Grécia e Itália, que vêm penando para lidar com um surto de novos imigrantes. Segundo a Reuters, a Itália deve receber o maior auxílio, quase 560 milhões de euros, e a Grécia terá um socorro de 473 milhões de euros.

Fonte: G1