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Restauração de monumentos de Palmira levará cinco anos.

Diretor de museu de Antiguidades conta que Unesco precisa aprovar a obra.

Em 28/03/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O diretor de Antiguidades e Museus da Síria afirmou nesta segunda-feira (28) à AFP que serão necessários cinco anos para restaurar os monumentos destruídos ou danificados em Palmira, ocupada durante 10 meses pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI).

Embora alguns tesouros arqueológicos tenham sido realmente destruídos, a maior parte das ruínas de Palmira permanece intacta, de acordo com a BBC.

"Se recebermos a aprovação da Unesco, serão necessários cinco anos para restaurar os imóveis destruídos e danificados pelo EI", afirmou Maamun Abdelkarim.

"Temos funcionários qualificados, temos os conhecimentos e os estudos, mas é necessária a aprovação da Unesco e poderemos começar os trabalhos em um ano", completou.

Além da cidadela do século XIII, afetada pelo

s combates para a captura da cidade, os jihadistas destruíram os templos de Bel e Baalshamin, o Arco do Triunfo e algumas torres funerárias, assim como o Leão de Al Lat.

As forças sírias retomaram neste domingo (29) o controle de Palmira e conseguiram expulsar os jihadistas do Estado Islâmico (EI), informaram a mídia estatal síria e a ONG Observatório Sírio para Direitos Humanos. O grupo radical havia conquistado a histórica cidade em maio de 2015.

Um oásis no meio do deserto, Palmira é considerada patrimônio mundial da humanidade pela Unesco. A tomada da cidade pelo Estado Islâmico teve grande repercussão mundial.

De acordo com o Observatório Sírio, na manhã deste domingo (horário local) ainda se ouviam disparos na parte oriental de Palmira. As forças do EI, no entanto, abandonaram a cidade, e o controle passou para o governo sírio.

"Após violentos combates noturnos, o exército controla totalmente a cidade de Palmira, inclusive a parte antiga e a parte residencial", disse uma fonte militar à agência de notícias France Presse.

As unidades de engenharia do exército passaram a desativar dezenas de bombas e minas no interior da cidade antiga - onde estão numerosos tesouros históricos -, segundo a mesma fonte militar. Parte dessas relíquias foi destruída pelo EI.

O Observatório Sírio informou que mais de 400 jihadistas e ao menos 180 membros das forças do regime sírio morreram durante os combates por Palmira, que se iniciaram em 7 de março. A ONG conta com uma rede de voluntários na Síria.

As forças terrestres contaram com apoio de aviões e helicópteros sírios e russos, além de artilharia, que bombardearam as posições do Estado Islâmico na cidade. O presidente russo, Vladimir Putin, é o maior aliado do ditador sírio, Bashar Al-Assad.

O exército sírio já havia recuperado neste sábado (25) a cidadela de Palmira, uma fortaleza que tem vista para toda a cidade histórica, e havia relatos de combatentes do Estado Islâmico deixando a cidade desde sexta (24).

Fonte: G1