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Restinga da orla de Camburi está sendo restaurada

Intervenções serão realizadas em duas etapas, pela Vale.

Em 14/09/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Divulgação.

O projeto prevê o plantio e a manutenção de mais de 25,5 mil mudas de plantas nativas em uma área de 140 mil m². Faixa de areia próxima à empresa também será recuperada

A Vale está atuando na recuperação da restinga da Praia de Camburi, em Vitória. O projeto prevê o plantio e a manutenção de mais de 25,5 mil mudas de plantas nativas em uma área de cerca de 140 mil m² ao longo da orla - equivalente a cerca de 14 campos de futebol.

As intervenções, que também incluem o cercamento das áreas protegidas e a retirada de espécies exóticas, tiveram início em agosto e serão realizadas em duas etapas: a primeira, no trecho entre o Atlântica Parque e a Avenida Adalberto Simão Nader, deve ser concluída no primeiro semestre de 2021; e a segunda etapa, entre a Avenida Adalberto Simão Nader e o Píer de Iemanjá, será iniciada em 2021 e concluída em julho de 2022. Ao longo desse período, a Vale ficará responsável pela manutenção da área, que depois será entregue à Prefeitura de Vitória.

Essa é uma das ações de compensação que fazem parte de um Termo de Compromisso Ambiental assinado pela Vale com o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual, a Prefeitura de Vitória e o governo do Estado. O termo prevê ainda a recuperação da faixa de areia no extremo Norte da Praia de Camburi e a construção de dois parques: o Atlântica Parque, entregue em fevereiro de 2019; e o Parque Costeiro, voltado para a educação ambiental, que será entregue após a recuperação da areia. 

A definição das áreas cercadas e da metodologia de recuperação da vegetação foi feita pela Prefeitura de Vitória. Haverá plantio de espécies rasteiras, arbustos e árvores divididos em 48 setores ao longo da praia. Para delimitar a área desses setores, serão construídos cerca de 7 mil metros de cerca, além da manutenção de 3 mil metros de cercas já existentes.  

A restinga é um ecossistema costeiro que faz parte da Mata Atlântica. Sua presença colabora para a estabilização da areia da praia, evitando a erosão causada pelo vento, além de atuar como abrigo para diversas espécies de animais, como aves migratórias, a coruja buraqueira e a maria-farinha, um tipo de caranguejo.

Recuperação no Norte da praia

As obras de recuperação do extremo Norte da Praia de Camburi devem começar em outubro. O trabalho abrange especificamente a faixa de areia que não é banhada pelo mar na região, conforme definido no projeto aprovado pelos órgãos ambientais, onde há sedimentos de minério de ferro oriundos das atividades da empresa no passado.

As intervenções incluem a retirada de uma camada de sedimentos de areia e minério de ferro com profundidade média de 50 cm e a recomposição com areia e argila em uma área de 43 mil m², equivalente a cerca de quatro campos de futebol. Para viabilizar as ações, serão realizados previamente o resgate da fauna e da flora da região e a supressão vegetal, com retirada de espécies exóticas.

Durante o período das obras, previsto até abril de 2022, a área a ser recuperada, localizada ao Norte do Atlântica Parque no final da praia de Camburi, será interditada por questões de segurança.

Todo o processo de elaboração de projetos e execução das obras está sendo acompanhado por uma comissão formada por membros dos órgãos que assinam o termo de compromisso e por representantes das associações de moradores de Jardim da Penha, Mata da Praia e Jardim Camburi.

"O planejamento das intervenções está sendo acompanhado de perto pelos órgãos competentes de forma a garantir que as melhores soluções sejam implementadas de forma segura para o meio ambiente. A recuperação da área e a construção de um segundo parque, ao lado do Atlântica Parque, que foi tão bem recebido pela comunidade, vai valorizar ainda mais a região", destaca o gerente de Meio Ambiente da Vale, Fernando Di Franco. (Por Elaine Vieira - Ascom/Vale )