CIDADE

Revista para população de Serra consultar obras feitas em 20 anos

Contém informações das obras do Orçamento Participativo, divididas por regiões.

Em 23/08/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Everton Nunes/Secom-PMS

Serra está comemorando os 20 anos de implantação do Orçamento Participativo (OP) no município e a prefeitura, em parceria com a Assembleia Municipal do Orçamento (AMO), lançou uma revista que reúne informações de todas as obras e equipamentos escolhidos pela população e entregues nesse período. A revista “Serra: construindo uma nova cidade juntos” já está disponível de forma online para consulta da população.

Os moradores poderão conferir as informações de todas as obras escolhidas no Orçamento Participativo, divididas por regiões, as que já foram realizadas e também aquelas que estão em execução. Foram 1.801 obras eleitas e 1.565 concluídas, o que representa mais de R$ 1 bilhão de investimentos. 

A revista traz um compilado histórico do OP na cidade, de acordo com a secretária de Planejamento Estratégico (Seplae), Lauriete Caneva. “Esse material vai servir para pesquisa e acompanhamento por parte da população”.

Quem acessar o link acima vai ficar sabendo que a Prefeitura de Serra entregou, por exemplo, escolas em Central Carapina, Hélio Ferraz/Bairro de Fátima, Feu Rosa/Vila Nova de Colares, Barcelona, Parque Jacaraípe; creches em Jardim Tropical, Jardim Carapina, Feu Rosa, Colina de Laranjeiras e Balneário de Carapebus, unidades de saúde em Central Carapina, Manoel Plaza, Eldorado; ginásio poliesportivo em Jardim Limoeiro; biblioteca em Valparaíso; Centros de Vivência em Portal de Jacaraípe e São Patrício; equipou a unidade de saúde de Nova Almeida; entre outras coisas.

“Serra foi um dos municipios pioneiros em Orçamento Participativo no estado, uma experiência exitosa que une a gestão pública com a participação popular, e que serve como inspiração para outro. Para construirmos uma cidade cada vez melhor é fundamental permitir que a população participe e ouvir suas demandas”, disse o prefeito de Serra, Audifax Barcelos.

“O Orçamento Participativo é um instrumento de democratização e um orientador para as tomadas de decisão da gestão pública. Ele permite que a sociedade se aproprie dos instrumentos decisórios de gestão, e também traz mais transparência na administração pública, ao permitir que o governo seja monitorado e avaliado por seus atos”, completou Lauriete.

O lançamento oficial da revista comemorativa aconteceu no dia 24 de julho. Foram distribuídos exemplares para as associações de moradores. 

Como as obras foram escolhidas?

Todos os anos, as comunidades se organizam em plenárias de bairro e decidem quais obras, melhorias e serviços gostariam que fosse feitas em cada bairro, uma vez que os recursos públicos são limitados e não é possível atender a todas as demandas. Depois, são realizadas as plenárias regionais, onde, dentre as sugestões dos bairros, são escolhidas as prioritárias, que serão executadas pela administração municipal. 

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Professores ensinam cantando em sala de aula em Serra

Se a sua ideia de sala de aula se resume ao professor falando e alunos em silêncio, apresento a você a EMEF Profª Iolanda Schineider, em Porto Canoa no municipio de Serra, que desenvolve o projeto “cantando a gente ensina, brincando a gente aprende”. Por meio da música, os professores Giovani Cruz e Adriana Lima estão contagiando os alunos, que aprendem de maneira leve e descontraída.

O ritmo da aula é embalado pelo violão, o triangulo, o cajón e muitos outros instrumentos, adquiridos com recursos próprios da escola. A atitude, além de ser didática e alegrar o ambiente, promove a inclusão de alunos especiais na escola.

O secretário de Educação, Gelson Junquilho, afirma que as unidades de ensino estão trabalhando norteados pelo lema “escola que acolhe, escola que transforma”, o que tem feito toda a diferença na construção de um ensino mais humano e de valores.

“A EMEF Iolanda está desenvolvendo um lindo trabalho. A música é um importante instrumento alfabetizador, que exerce um papel primordial em todas as esferas de nossa sociedade, pois ela socializa as pessoas, reforça laços sociais e vínculos afetivos. Além disso, também pode ser usada para ocupar de forma prazerosa o tempo dos alunos”.

De acordo com a diretora da escola, Cynthia Segundo, o projeto surgiu da necessidade de oferecer atividades que vão além do currículo e do âmbito escolar. “A vivência musical dentro da escola possibilita o trabalho das emoções, o desenvolvimento da sensibilidade, a percepção auditiva, a sociabilidade. Com a música temos avançado, pois a sua prática torna os alunos mais disciplinados, concentrados, motivados e responsáveis em sala de aula e também fora da escola”, contou.

Foto: Everton Nunes/Secom-PMS

Animação que contagia

Com muita empolgação, o aluno do 4º ano, Vitor da Silva Freire, 9 anos, disse que gosta de soltar a voz durante os encontros de música. “Ficamos todos juntos, seja o coleguinha especial ou não. Por isso, acho que todo mundo ganha com esse projeto, a gente e a sociedade”.

Lívia Caron, de 10 anos, que tem transtorno de ansiedade, conta que tem vontade de aprender a tocar vários instrumentos. “Aqui eu ganho mais energia e, ao mesmo tempo, calma. Antes da prova, às vezes, os professores entram na sala de aula e começam a cantar com a gente. Gosto muito quando fazem isso, fico mais tranquila para fazer o teste”, revelou a aluna.

Edgar Siqueira, de 14 anos, também confirma no olhar e nas palavras o encantamento pelo projeto. “Prefiro vir para a escola do que ficar em casa, aqui tem o cajón e os professores. Eu gosto”, disse o menino que mesmo com distrofia muscular congênita não desanima de participar das aulas.

O projeto

De acordo com o professor Giovani Cruz Matias, o projeto acontece diariamente na sala de atendimento educacional especializado, contemplando os alunos especiais no contraturno; e também com as turmas do 1º ao 5º anos do ensino fundamental, em sala de aula. “Ficamos felizes pelos incríveis resultados no decorrer do ano letivo. Também estamos tendo um retorno gratificante e positivo dos pais, que se emocionam e participam diretamente das apresentações promovidas pela escola”.

A professora Adriana Lima conta que a musicalização é desenvolvida de acordo com as necessidades dos estudantes e trabalha concentração, alfabetização, percepção musical, coordenação motora, lateralidade e composições musicais.

“Acredito que o projeto contribui positivamente em todos os sentidos. A música facilita a alfabetização e a compreensão dos conteúdos; ajuda na parte disciplinar; no aumento da capacidade de memorização; facilita o trabalho em equipe; alivia o estresse; promove a socialização e o combate ao bullying; entre muitos benefícios”, destaca Adriana.

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