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Rio 2016: governo apresenta planejamento aéreo.

Galeão, no Rio de Janeiro, será o principal aeroporto para os eventos.

Em 22/09/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Secretaria de Aviação da Presidência da República (SAC) lançou, nesta terça-feira (22), uma cartilha para padronizar a operação dos 39 aeroportos (entre prioritários, monitorados e de apoio) que atenderão à principal demanda dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

O "Manual de Planejamento do Setor de Aviação Civil – Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016", em sua primeira versão, estabelece a ação coordenada e integrada entre operadores aeroportuários e órgãos do sistema nacional de aviação civil.

O documento, desenvolvido pelo Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE), órgão criado no âmbito da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), define normas, procedimentos e fluxos de gestão e operação para áreas como Segurança e Defesa, Recursos Humanos e Treinamento, Melhorias de Conforto, Acessibilidade, Gerenciamento de Infraestrutura e Capacidade.

Malha aérea

O plano foi desenvolvido com base na experiência adquirida pelo Brasil durante eventos como a Copa do Mundo FIFA 2014 e a Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, em 2012.

Ao todo, 39 aeródromos, localizados nas cidades-sede e a uma distância máxima de 200 quilômetros delas, serão impactados pelas medidas. A coordenação não afetará os horários dos voos comerciais regulares, que continuarão tendo prioridade. Pousos e decolagens de aviões executivos, no entanto, terão suas operações condicionadas à disponibilidade de horário e espaço para pouso.

O governo federal vai monitorar toda a operação a partir de uma Sala de Comando e Controle, localizada no Rio de Janeiro, que deve funcionar de 20 de julho a 24 de setembro de 2016, 24 horas por dia, com representantes de todos os órgãos públicos envolvidos.

Técnicos da Secretaria de Aviação também estarão presentes nas chegadas e partidas de voos nacionais e internacionais, principalmente nas datas de competições de maior demanda, para acompanhar a movimentação.

"Além de seguirmos a enciclopédia técnica, queremos que a Olimpíada nos credencie internacionalmente como país especialista em recepção humanizada. Não basta proteger bagagens, implantar fluxos, seguir as regras – o bom atendimento de um aeroporto diz respeito às pessoas", afirma o ministro da Aviação, Eliseu Padilha.

Demanda estimada

De acordo com diagnóstico construído pela Secretaria de Aviação com base na experiência olímpica de Londres 2012, os aeroportos deverão registrar pelo menos quatro picos de movimentação de passageiros durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

O recorde de movimentação diária nos aeroportos no País foi de 100 mil passageiros, registrado durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013.

Simulados

A Secretaria coordena a realização de simulados de acessibilidade aeroportuária para Passageiros com Necessidade de Atendimento Especial (PNAEs).

O objetivo é testar as operações de embarque e desembarque, fluxos aeroportuários e a infraestrutura dos principais terminais envolvidos na operação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A agenda é uma ação do subcomitê de acessibilidade do CTOE, órgão da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero).

A primeira rodada de simulados passou pelos aeroportos do Galeão (11/6), Santos Dumont (11/7) e Guarulhos (4/8). Antes disso, o CTOE também visitou os terminais de todas as cidades-sede do futebol: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Salvador e Manaus. O resultado destas visitas foi um diagnóstico para que os operadores aeroportuários elaborem seus planos de melhoria e adaptação.

"O setor de aviação está lançando todas as diretrizes operacionais com mais de 300 dias de antecedência e isso que contribuir decisivamente para o sucesso de um evento de grande magnitude e complexidade para os aeroportos. Se identificarmos alguma fragilidade, ainda teremos tempo de ajustar tudo antes do início da competição. E mais do que isso: ficaremos com o legado desse aprendizado", explicou o diretor do Departamento de Gestão Aeroportuária da Secretaria de Aviação, Paulo Henrique Possas.

Fonte: Ministério do Esporte, com informações da Secretaria de Aviação Civil