NEGÓCIOS

Robô confere o que falta na prateleira de supermercados

Ele trabalha para detectar o que falta na prateleira, um dos pontos vitais para o varejo.

Em 27/09/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Olhar Digital/Reprodução

Se tarde da noite você entrar no supermercado e se deparar com um robô circulando pelos corredores, não se assuste. Ao contrário, o bichinho pode ser um “funcionário” do estabelecimento, que trabalha para garantir que as prateleiras estejam abastecidas com os produtos que você procura.

Com um pouco mais de meio metro de altura e pesando 10 quilos, o robozinho foi desenvolvido com tecnologia nacional da empresa GIC Brasil – o equipamento foi apresentado quarta-feira aos empresários do setor em São Paulo. Desde 1999, a GIC Brasil atua na automação para operação em cerca de 800 lojas físicas de atacado e varejo do setor de supermercados. Entre os clientes da empresa estão as redes Atacadão, Tenda, Assaí e Dalben.

“O robô nasceu cego, sem voz e não conseguia caminhar”, conta Irineu Fernandes, presidente e fundador da companhia. Hoje, diz, ele enxerga tudo, caminha sobre uma trilha, mas ainda não tem voz. Essa será desenvolvida numa etapa seguinte. Ele confere o que falta na prateleira  de supermercados

O grande recurso do robô, porém, não é a capacidade de poder se movimentar ou falar, mas sim a câmera de reconhecimento de imagens que carrega na sua parte superior. O equipamento usa algoritmo para reconhecer as imagens dos produtos e detectar o que falta na prateleira, um dos pontos vitais para o varejo. A ruptura, como os lojistas gostam de chamar a falta de produto disponível ao consumidor, é um dos principais motivos da perda de vendas no varejo.

A importância da câmera se reflete até no fato de que ela tem nome, GondolEye, enquanto o robozinho ainda não foi batizado. Fernandes diz que o investimento no desenvolvimento do produto que nasceu dentro do laboratório de inovação da companhia, localizado em Alphaville (SP), não passou de R$ 2 milhões.

Além do robô, outra alternativa para vigiar a falta de produtos no varejo são câmeras GondolEye espalhadas pela loja. A companhia também vê a possibilidade de usar drones para executar esse serviço, mas ainda é uma possibilidade, frisa o empresário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo - Estadão Conteúdo